domingo, 28 de março de 2010

#Confissões - Seu silêncio...




...me mata. Sua presença, me preenche. ♥

#Confissões - Nada é tão doce, quanto você.


Após 14 dias sem ao menos poder ver o seu rosto, eu pude te tocar, te abraçar e te beijar novamente. Cada segundo ali foi único, cada segundo foi eterno, porém cada segundo passou tão rápido quanto um milésimo. Sabe o quanto me faz feliz apenas poder ouvir a sua voz dizendo "eu te amo" ? É uma sensação que eu não consigo descrever oque sinto, pois é única, é surreal. O tempo parece parar quando me envolvo em seus braços, apenas ouvindo sua respiração, o cheiro do seu perfume e a batida do seu coração. Pensando bem, nada é tão doce como você. Nunca pensei em encontrar alguém tão meiga, tão carinhosa e gentil comigo, alguém que me entendesse como realmente sou, alguém que me amasse do mesmo jeito ou ainda mais do que eu te amo. Só quero que isso dure pra todo o sempre, que seja eterno. E como eu disse anteriormente,
Nothing is as sweet as you. <3


sexta-feira, 26 de março de 2010

Desespero por teu gosto.

Minha visão estava embaçada,
Seu cheiro era viciante
Mesmo que eu não me recordasse
Mas tinha certeza de que se o sentisse
O reconheceria em qualquer lugar.

Hoje, me lembrei do seu gosto,
E me bateu uma saudades tão grande
De tudo que existia em você,
Principalmente do seu rosto
Sempre fora essencial pra mim.

Não sei se posso mesmo chamar de saudades
Ou se isso teria outro nome,
Talvez esperança - ainda -
Talvez desespero, mas
Acho que ainda prefiro saudade.

________
Sabe quando você tá andando, com a cabeça em outro lugar, pensando em coisas irreais e vê uma cena, que te lembra outra cena, que aconteceu no passado, em que você foi protagonista? Então, exatamente isso.

Porta - Retrato

"Tinha secado: esse era talvez o ponto. Não a palavra exata, que já não tinha essas pretensões, mas a mais próxima. Sabia pouco a respeito de árvores, ou sabia de um jeito não-científico, desses de tocar, cheirar e ver, mas imaginava que o processo interno de ressecamento começasse bem antes da morte aparecer no verde brilhante das folhas, na polpa dos frutos ou na casca do tronco. Não era evidente nem externo ou explícito o que padecia. E padecia? perguntava-se detalhando os traços com as pontas dos dedos, nada que revelasse na umidade da boca ou num contorno de nariz — uma dor? Não era assim. Gostaria de voltar atrás, com sentimentos curtos e claros feito frases sem orações intercaladas, iluminar aos poucos, um mineiro, uma lanterna, o poço fundo, uma linguagem? A unha batia contra o dente. Contatos assim: uma coisa definida chocando-secom outra definida também. E não só contatos, emoções, linguagens. Quase analfabeto de si mesmo, sem vocabulário suficiente para explicar-se sequer a um espelho. Não queria assim, esses turvos. Não queria assim, esses vagos. Sem nenhum humor. Sem nada que pulsasse mais forte que o frio cuidado com que desordenava-se, um gole disciplinado de vodca quando alguma corda do violino rebentava em plena sinfonia e, no meio do palco, impossível deter o acorde. Unicamente imagens assim lhe ocorriam, essa coisa das árvores, das gramáticas, das minas, dos concertos. Elegantemente, sempre. As luvas brancas, as longas pinças esterilizadas com que tocava sem tocar o todo, o tudo e o si. Um vício que lhe vinha quem sabe da mania de ouvir música erudita, mesmo enquanto apenas vivia, antes os fones nos ouvidos que os gritos na vizinhança. E por mais que afetasse um ar de quem lentamente cruza as pernas em público, puxando com cuidado as calças para que não amarrotassem, saberia sempre de sua própria farsa. Tão consciente- mente falsa que sua inverdade era o que de mais real havia, e isso nem sequer era apenas um jogo de palavras.

A grande mentira que ele era, era verdade. Ou: a mentira nele nunca fora fraude, mas essência. Seu segredo mais fundo e mais raso, daí quem sabe a surpresa branca de quando ouvira um quase-amigo dizer que não passava de uma personagem. Prometera-se sentimentos sem intercalados, mas sentia agora uma necessidade de explicar ao ninguém que superlotava sua constante platéia, com ele sempre fora assim: quase-amigos, nada de intimidades. Mas voltando atrás no ir adiante: uma surpresa quê. Não, não uma surpresa quê. Uma não-surpresa surpreendida, pois como e porque se fizera visível e dizível naquele momento o que nem sequer alguma vez escondera? Perdia-se, não eram teias. Nem labirintos. Fazia questão de esclarecer que sua maneira torcida não se tratava de estilo, mas uma profunda dificuldade de expressão. Por esse lado, quem sabe? As emoções e os pensamentos e as sensações e as memórias e tudo isso enfim que se contorce no mais de-dentro de uma pessoa — tinham ângulos? Havia lados mais como direi? Fragmentava-se: era os pedaços descosturados de uma colcha de retalhos. Pedia atenção aqui, por favor, mais por gestos, entonações ou simplesmente clima, e regirava: era os retalhos, um por um, não a colcha, ele. Desde o xadrez vermelho ao cetim roxo sem estampa, e assim por diante, todos. Quase parava de aborrecer-se então, como quem troca súbito uma peça para violino e cravo por um atabaque de candomblé. O leve tédio suspenso como poeira espanada logo voltava a desabar. O bocejo era a compreensão mais amarga que conseguia de si mesmo. E posto isso, cabia a seguir qualquer atitude desesperada como casar, tentar o suicídio, fazer psicoterapia ou um concurso para o Banco do Brasil.

Localizava-se, mais fácil assim, dando nome às coisas. Um entusiasmo tênue como o gosto de uma alface. Isso, estar, ser. Uma vontade de interromper- se aqui, paladar estragado pelo excesso de cigarros tentando inutilmente dar um nome ao gosto que fugia entre os dentes. Em algum quarto, há muito não sabia de línguas no seu corpo, ou tão sabidas tinham se tornado que. Vacilava entre a certeza quase absoluta de estar alcançando qualquer coisa próxima de uma sabedoria inabalável, alta como um minarete, gelada como um iceberg — melhor assim: uma montanha de compreensão sem dor de todas as coisas. Ou, talvez o ponto, nem icebergs, nem minaretes — mas árvore. Inventava com os olhos no ar vazio à sua frente um verde copado de sumarentos frutos, como se diria num outro tempo, se é que alguma vez se disse, dizia sim, dizia agora, desavergonhado e frio. Verde copado de sumarentos frutos. Folhagem de seda lustrosa. Tronco pétreo ancestral. O seco invisível como verme instalado no de-dentro. Impressentível, sob a casca, caminhando lento, questão de tempo, apenas, e semente contendo o galho crispado, mão de bruxa, roendo. Tinha dois olhos duros. Dois olhos grandes de quem vê muito, e não acha nada. Tinha secado, era certamente esse o ponto. Nunca a palavra exata, esclarecera de início. Já não tinha mais essas pretensões."

Autor: Caio Fernando Abreu.

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Caio F. sempre *-* um dos melhores textos dele que eu já vi.

#Confissões - O amor é o ridículo da Vida.


A gente procura nele uma pureza impossível,
uma pureza que está sempre se pondo. A vida veio e me levou com ela.
Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraiso que nos persegue, bonita e breve,como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer NÃO dói.

Cazuza.

Esse post não tem nada a ver com algo que tenha acontecido, simplesmente, acho que essa frase de Cazuza é perfeita em alguns casos, e algumas vezes em minha vida ela se tornou real. Então eu costumo usá-la com bastante frequência em postagens etc. *-*

Novidade / Apresentação


Boa tarde boa tarde *o*
Meu nome é Vinícius Leister Freddi, tenho 15 anos e sou de Campinas - São Paulo. Semana passada a Jéssica me convidou pra escrever aqui no blog, aliás, escrever uma coluna que vai se chamar "confissões". Lá, eu vou revelar tudo que acontecer de interessante no meu dia a dia, ou escrever sobre amores correspondidos, não correspondidos, rejeitados etc. Várias experiências *-* Assim, compartilhando tudo que acontecer, você vai ver como todo mundo um dia passa por um situação semelhante. :B
Enfim, apresentação feita, até o primeiro post.

sábado, 20 de março de 2010

Coluna nova.

Bom, hoje eu convidei uma pessoa especial para começar a postar aqui, em um tipo de nova coluna, 'Confissões'.
Espero que ele se dê bem e goste *-*

sexta-feira, 19 de março de 2010

São só frases...

"Então aprendi que melhores amigos, às vezes nem são tão melhores assim. aprendi que o melhor remédio é ouvir as pessoas, mas isso também pode ser o pior veneno. aprendi que amores eternos podem acabar em questão de segundos. aprendi que aqueles que considerávamos apenas mais um amigo, pode ser o amigo. aprendi que despedidas podem ser a chance de um reencontro. aprendi que a distância pode também unir pessoas. aprendi que os fins, por mais dolorosos que sejam, podem ser a melhor coisa que poderia nos acontecer. aprendi que amigos nos decepcionam. aprendi que o ''pra sempre'' sempre acaba, e ''nunca'' jamais é cumprido."

"...e apesar de tudo ainda é com o seu sorriso ao lado do meu que eu sonho."

"Por todas as vezes que você me apoiou, por todas as verdades que você me fez ver. por toda alegria que você trouxe, por todos os erros que você fez certo. por todos os sonhos que você fez tornarem-se reais. por todo amor que encontrei em você. você me viu através de tudo isso. foi minha força quando estava fraca,minha voz quando eu não podia falar, meus olhos quando não podia ver. você viu o melhor em mim. eu sou tudo que sou, porque você me amou. você me deu asas e me fez voar, você tocou minha mão, eu toquei o céu. meu mundo ainda pode ser melhor por sua causa. você esteve sempre aqui por mim, porque isso mudou ? você me faz falta. você me faz sonhar."

"Na verdade , não devemos acreditar no que os outros dizem, mas sim no que dizemos aos outros. acreditar no que se diz, às vezes é difícil, quase impossível."

"Sempre esperei por alguém que valesse a pena, mas talvez não valesse a pena esperar por ninguém."

"Tenho ainda muita coisa pra arrumar, promessas que me fiz e que ainda não cumpri, palavras me aguardam o tempo exato pra falar, coisas minhas, talvez você nem queira ouvir."

"Porque te ver faz desorientar, faz esquecer tudo que existe no universo."

"A sua imagem é o meu quadro preferido. vou respirando fundo imaginando tudo sem você perceber."

"Não nos amamos, não nos odiamos. aprendemos a aceitar cada um do seu jeito, e por isso, nos damos tão bem. somos mais do que queremos, somos mais do que podemos, somos nós mesmos. nós podemos nos separar, e nunca mais nos ver, mas enquanto as lembranças dos momentos bons que juntos passamos estiver viva em nós, sempre terá uma parte em nossos corações, na qual, vamos estar unidos."

"Não se entregue a quem te disser eu te amo, e sim a quem lhe disser eu te amo olhando nos teus olhos."

"Tudo é tão melhor quαndo se encontrα αlguém prα sorrir e chorαr junto com você."

"Eu não preciso de só mais uma pessoa na minha vida. o que eu preciso mesmo.. quer saber? é de alguém que me faça sentir melhor quando estiver por perto, que me faça rir, e não que apenas diga que me conheceu em um lugar qualquer. porque de meros 'conhecidos' o mundo ta cheio."

"Sempre que houver alternativas tenha cuidado. não opte pelo conveniente, pelo confortável, pelo respeitável, pelo socialmente aceitável, pelo honroso. opte por aquilo que faz o seu coração vibrar. opte pelo que gostaria de fazer, apesar de todas as conseqüências."

"Só sei que aquela lembrança vivia dentro de mim como um pedaço gostoso de passado, perfeitamente encapsulado; uma pincelada de cores naquela tela cinzenta e árida que as nossas vidas tinham se tornado."
(O Caçador de Pipas - Khaled Hosseini)

"Você é tudo . você é cada sorriso, cada lágrima, cada riso, cada palavra, cada momento, cada olhar, cada música. você é uma coisa linda de se ver, e você pode ver quando olho para você. e nessa vida louca, nesses tempos dificeis, você é tudo que eu quero. e é isso que o amor faz comigo.."


"O amor é mais do que palavras , frases feitas , perfeitas , é mais do que ter um bem . o amor é mãe, é pai de todas as riquezas , é o dom de se dar pra alguém."

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Escrever, escrever, escrever, tem coisa melhor? *-*

"Assim como as estações...

...as pessoas têm a habilidade de mudar. Não acontece com freqüência, mas quando acontece, é sempre para o bem. Algumas vezes leva o quebrado a se tornar inteiro de novo. Às vezes é preciso abrir as portas para novas pessoas e deixá-las entrar. Na maioria das vezes, é preciso apenas uma pessoa que tenha pavor de demonstrar o que sente para conseguir o que jamais achou possível. E algumas coisas nunca mudam.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Gunslinger...














"Eu tenho sido sempre verdadeiro
Eu tenho esperado por tanto tempo para apenas abraçar você
Eu estou fazendo isto atravessar
Tem sido isso por muito tempo, nós temos provado que nosso amor além do tempo é tão forte, em tudo que nós fazemos
As estrelas na noite, elas me emprestam sua luz
Para me trazer para perto do paraíso com você...

Gunslinger - Avenged Sevenfold *-*

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Parabéns meu bebe.

sábado, 13 de março de 2010

Simples assim.

"Lute por aqueles que você perdeu e por aqueles que não quer perder"

"Não acredite em você, acredite em mim que eu acredito em você!"

"Se você arriscar sua vida pelo seu sonho, então ele é verdadeiro "

"Quando alguém entende o que é o amor também entende o que é o ódio."

"E no meio de um inverno eu finalmente aprendi que havia dentro de mim um verão invencível." (Albert Camus)

Sua canção...

Só me diz, se é o que você sempre quis
Se isso vai te fazer pensar, já que não pode me ajudar
Deixa assim, deixa tudo só para mim
Deixa eu ver no que vai dar, porque eu só quero é ser feliz
Vou esperar por você em todo lugar, mesmo sabendo que não vai voltar

Ilusão, me tirou da direção
Não me deixa mais sonhar, e me impede de chegar
Veja bem, faça o que quiser fazer
Eu não posso te prender, pois te ensinei a libertar

Vou esperar por você em todo lugar, mesmo sabendo que não vai voltar
Vou escutar quando sua canção tocar, mesmo sabendo que não vai voltar

Mesmo sabendo que não vai chegar
Mesmo sabendo que não vai voltar


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As músicas do Gloria sempre me disseram muito³ e acredito que hoje, eles sejam uma das melhores e únicas bandas brasileiras, que realmente fazem música...

Saudades...

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.



"Nos seus olhos a luz brilhou mais uma vez. E me fez entender o que é amar... Se ainda ouço a chuva cair. É algo que me faz lembrar. Que eu não posso estar sem você.
Me diz que a chama não vai se apagar. Que a nossa música ainda toca aqui. Nos nossos sonhos, eu sei que vou levar. E o seu abraço sempre a me cobrir; E ainda vou chorar "lágrimas". Em olhar pra você e dizer que te amo "lágrimas" ou não!
Mais uma vez vou ficar aqui. Pra ver a chuva cair. Lembrar que o seu cheiro ainda fica em mim. Vou chorar...mas que saudades de você! Mas que saudades de você...
E de tudo meu amor serei atento antes. E com tal zelo, sempre tanto. Que mesmo em face do maior encanto, Dele se encante mais meu pensamento."


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Trecho de "Verdades" do Gloria *-*

segunda-feira, 8 de março de 2010

Porto Alegre, 10 de agosto de 1985 ...

"... isso que chamamos de amor, esse lugar confuso entre o sexo e a organização familiar..."

Sérgio, não sabia como começar - então comecei copiando essa frase aí de cima, é Caetano Veloso numa entrevista ao JB, vim lendo pelo caminho, não consegui me livrar dela.

Agora estou aqui, escrevendo para você no meu quarto antigo, que minha mãe conserva tal-e-qual, como se eu um dia fosse voltar para casa. E lá se vão - quantos mesmo? - sei lá, quinze vinte anos, qualquer coisa assim.

Chove. Faz frio. É bom estar aqui. Tão bom. Me sinto protegido. Ficamos vendo velhas fotografias, bebendo vinho e rindo muito. Meu irmão Felipe vestiu um modelinho de couro negro e saiu "para dar uma prensa numa caixa de supermercado". Márcia está tão bonita. E Rodrigo, meu sobrinho, que tem dois anos e não parece quase me desconhecer. Deixei-os vendo um filme antigo dos Beatles, Lennon repetindo "don´t let me down" - e agora percebo que meu inglês anda tão precário que não lembro se é d´ont ou don´t.

Cansado, cansado. Quase não dormi. E não consigo tirar você da cabeça. Estou te escrevendo porque não consigo tirar você da cabeça. Hesito em dizer qualquer coisa tipo me-perdoe ou qualquer coisa assim. Mas quero te contar umas coisas. Mesmo que a gente não se veja mais. Penso em você, penso em você com força e carinho. Axé.

Foi mau, ontem. Fui mau, também. Menos com você, mais comigo mesmo. Depois não consegui dormir. Me bati pela casa até quase oito da manhã. Teria telefonado para você, não fosse tão inconveniente. Acabei ligando para Grace, pedi paciência, chorei, contei, ouvi.

Não era nada com você. Ou quase nada. Estou tão desintegrado. Atravessei o resto da noite encarando minha desintegração. Joguei sobre você tantos medos, tanta coisa travada, tanto medo de rejeição, tanta dor. Difícil explicar. Muitas coisas duras por dentro. Farpas. Uma pressa, uma urgência.E uma compulsão horrível de quebrar imediatamente qualquer relação bonita que mal comece a acontecer. Destruir antes que cresça. Com requintes, com sofreguidão, com textos que me vêm prontos e faces que se sobrepõem às outras. Para que não me firam, minto. E tomo a providência cuidadosa de eu mesmo me ferir, sem prestar atenção se estou ferindo o outro também. Não queria fazer mal a você. Não queria que você chorasse. Não queria cobrar absolutamente nada. Por que o Zen de repente escapa e se transforma em Sem? Sem que se consiga controlar.

Te escrevo com um cigarro aceso e uma xícara de chá de boldo. A escrivaninha é muito antiga, daquelas que têm uma tampa, parece piano. Tem um pôster com Garcia Lorca na minha frente. Um retrato enorme de Virginia Woolf. E posso ver na estante assim, de repente, todo o Proust, e muito Rimbaud, e Verlaine, Faulkner, Ítalo Svevo, William Blake. Umas reproduções de Picasso. Outras de Da Vinci. Um biscuit com um pierrô tão patético. Uma pedra esotérica ainda de Stonehenge, Inglaterra, uma caixinha indiana. Todos os meus pedaços aqui.E você não me conhece, eu não conheço você.

Te escrevo por absoluta necessidade. Não conseguiria dormir outra vez se não te escrevesse.Zelda, há também o único romance escrito por Zelda Fitzgerald, a mulher de Scott Fitzgerald, que morreu louca, um incêndio, um hospício. Chama-se "Save me the waltz". "Reserve-me a valsa", não é lindo? Lembra o Brahma, se se dançasse no Brahma.

Please, save me the waltz.

Fiz fantasias. No meu demente exercício para pisar no real, finjo que não fantasio. E fantasio, fantasio. Até o último momento esperei que você me chamasse pelo telefone. Que você fosse ao aeroporto. Casablanca, última cena. Todas as cartas de amor são ridículas. Esse lugar confuso de que fala Caetano. E eu estava só começando a entrar num estado de amor por você. Mas não me permiti, não te permiti, não nos permiti. Pedro Paulo me dizendo no ouvido "nunca vi essas luz nos seus olhos".

Eu não queria saber.Tão artificial, tão estudado. Detesto ouvir minha voz no gravador ou ver minha imagem em vídeo. Sôo falso para mim mesmo. A calma, o equilíbrio, as palavras ditas lentamente, como se escolhesse. Raramente um gesto, um tom mais espontâneo. Tão bom ator que ninguém percebe minha péssima atuação.

Você compreende tudo isso?

Pausa. Campainha. O jornal de domingo. Desço, outro chá de boldo. Um comentário de Rubens Ewald sobre Aqueles dois, diz que é excelente, fala da "dignidade e tratamento delicado dado ao tema". Lembro da crítica de Sérgio Augusto, de como fez mal por dentro. Já passou.

Quando pergunto você-compreende-tudo-isso não estou subestimando você. Ah, deus, perdoe. Não sinto agressividade nenhuma em relação a você. E gosto das tuas histórias. E gosto da tua pessoa. Dá um certo trabalho decodificar todas as emoções contraditórias, confusas, soma-las, diminui-las e tirar essa síntese numa palavra só, esta: gosto.

Dormi umas três horas e acordei ouvindo Quereres, de Caetano. Repeti, várias vezes, cada vez mais alto. Ah, bruta flor do querer. Discutia tanto com Ana Cristina César, antes que ela acolhesse a morte (acertadamente? Me pergunto até hoje, nunca sei responder): nossa necessidade fresca & neurótica de elaborar sofrimentos e rejeições e amarguras e pequenos melodramas cotidianos para depois sentar Atormentado & Solitário para escrever Belos Textos Literários.

O escritor é uma das criaturas mais neuróticas que existem: ele não sabe viver ao vivo, ele vive através de reflexos, espelhos, imagens, palavras. O não-real, o não-palpável. Você me dizia "que diferença entre você e um livro seu". Eu não sou o que escrevo ou sim, mas de muitos jeitos. Alguns estranhos.

Não há nenhum subtexto nisto que te escrevo. Não acho bonito que a gente se disperse assim, só isso. Encontre, desencontre e nada mais, nunca mais, é urbano demais - e eu nasci praticamente no campo, até os 15 anos quase no campo, céu e campo. Não sei se a gente pode continuar amigo. Não sei se em algum momento cheguei a ver você completamente como Outra pessoa, ou, o tempo todo, como Uma Possibilidade de Resolver Minha Carência. Estou tentando ser honesto e limpo. Uma possibilidade que eu precisava devorar ou destruir. Porque até hoje não consegui conquistar essa disciplina, essa macrobiótica dos sentimentos, essa frugalidade das emoções.

Fico tomado de paixão.Há tempos não ficava.

E toda essa peste, meu amigo. O que tem me mantido vivo hoje é a ilusão ou a esperança dessa coisa, "esse lugar confuso", o Amor um dia. E de repente te proíbem isso. Eu tenho me sentido muito mal vendo minha capacidade de amar sendo destroçada, proibida, impedida, aos 36 anos, tão pouco. Nem vivi nada ainda. E não sou sequer promíscuo. Dum romantismo não pós, mas pré todas as coisas - um romantismo que exige sexualidade e amor juntos. Nunca consegui. Uns vislumbres, visões do esplendor. Me pergunto se até a morte - será? Será amor essa carência e essa procura de amor, nunca encontrar a coisa?

Das minhas heterossexualidades, dois filhos mortos, não ficou nada. Das minhas homossexualidades, esse pânico lento e uma solidão medonha. A hora é tão grave.

Vim pegar energia. Sim. Preciso ver a terra, preciso do horizonte do pampa. Já começa a agir, meus ombros se soltaram. Olhei no espelho e aquela ruga entre as sombrancelhas se desfez.

Não quero me tornar uma pessoa pesada, frustrada, amarga. Não vou me tornar assim. Então vacilo, escorrego e a mania de perfeição virginiana e a estética libriana no dia seguinte me dizem "que vergonha, que vergonha, que vergonha".

Eu podia dizer que tinha/tínhamos bebido demais. Eu podia dizer que estava com tanto medo de vir para Porto Alegre. Eu podia contar a você dos meus últimos meses, oito, dez, doze horas por dia sobre a máquina de escrever, falando com quase ninguém. Sozinho, às vezes. Cantando também. Tudo isso, se eu te dissesse, talvez tivesse ajudado a doer menos em você.

De repente me passa pela cabeça que você pode estar detestando tudo isso e achando longo e choroso e confuso. Mas eu não quero ter vergonha de nada que eu seja capaz de sentir. Tento não ficar assustado com a idéia que este tempo aqui é curto, que eu vou voltar a São Paulo e que talvez não veja mais você. Sei que não fico assustado demais, e enfrento, e reconstituo os pedaços, a gente enfeita o cotidiano - tudo se ajeita. Menos a morte.

Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas... Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo.

Quando te falo da idade, quando te falo do tempo, e não tivemos tempo - queria te falar de Cronos, Saturno, da volta pelo Zodíaco quando se completa 30 anos. A tua estrela é muito clara, tem sinais bons na tua testa. Compreendo teu Plutão e a Lua encarcerados na casa XII - as emoções e paixões aprisionadas -, e também Urano, todo o impulso bloqueado. Na mesma casa, a do Karma, a dos espíritos que mais sofrem, tenho também o Sol, Mercúrio e Netuno. Somos muito parecidos, de jeitos inteiramente diferentes: somos espantosamente parecidos. E eu acho que é por isso que te escrevo, para cuidar de ti, para cuidar de mim - para não querer, violentamente não querer de maneira alguma ficar na sua memória, seu coração, sua cabeça, como uma sombra escura. Perdoe a minha precariedade e as minhas tentativas inábeis, desajeitadas, de segurar a maçã no escuro. Me queira bem.

Estou te querendo muito bem neste minuto. Tinha vontade que você estivesse aqui e eu pudesse te mostrar muitas coisas, grandes, pequenas, e sem nenhuma importância, algumas.Fique feliz, fique bem feliz, fique bem claro, queira ser feliz. Você é muito lindo e eu tento te enviar a minha melhor vibração de axé. Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você, para mim.

Com cuidado, com carinho grande, te abraço forte e te beijo,

Caio F.

p.s.: Te escrevo, enfim, me ocorre agora, porque nem você nem eu somos descartáveis. E amanhã tem sol.

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Comprido pra caramba, mas é lindo, principalmente o final *-*

Trechos de Caio Fernando Abreu [2]

"E se eu mudasse meu destino num passe de mágica? (...) Estranho, mas é sempre como se houvesse por trás do livre-arbítrio um roteiro fixo, pré-determinado, que não pode ser violado."


"Tento me concentrar numa daquelas sensações antigas como alegria ou fé ou esperança.Mas só fico aqui parado, sem sentir nada, sem pedir nada, sem querer nada."


"Tenho uma coisa apertada aqui no meu peito, um sufoco, uma sede, um peso, não me venha com essas história de atraiçoamos-todos-os-nossos-ideais, nunca tive porra de ideal nenhum, só queria era salvar a minha, ,veja só que coisa mais individualista elitista, capitalista, só queria ser feliz, cara. "



"Parece incrível ainda estar vivo quando já não se acredita em mais nada. Olhar, quando já não se acredita no que se vê. E não sentir dor nem medo porque atingiram seu limite. E não ter nada além deste amplo vazio que poderei preencher como quiser ou deixá-lo assim, sozinho em si mesmo, completo, total. Até a próxima morte, que qualquer nascimento pressagia."



“Todos os dias o ciclo se repete, às vezes com mais rapidez, outras mais lentamente. E eu me pergunto se viver não será essa espécie de ciranda de sentimentos que se sucedem e se sucedem e deixam sempre sede no fim."



"Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais -por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia –qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.Eu prefiro viver a ilusão do quase, quando estou "quase" certa que desistindo naquele momento vou levar comigo uma coisa bonita. Quando eu "quase" tenho certeza que insistir naquilo vai me fazer sofrer, que insistir em algo ou alguém pode não terminar da melhor maneira, que pode não ser do jeito que eu queria que fosse, eu jogo tudo pro alto, sem arrependimentos futuros! Eu prefiro viver com a incerteza de poder ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor. Talvez loucura, medo, eu diria covardia, loucura quem sabe!"



"Me explica, que às vezes tenho medo. Deixo de ter, como agora, quando o vento cessa e o sol volta a bater nos verdes. Mesmo sem compreender, quero continuar aqui onde está constantemente amanhecendo."



"Me ajuda que hoje eu tenho certeza absoluta que já fui Pessoa ou VirginiaWoolf em outras vidas, e filósofo em tupi-guarani, enganado pelos búzios, pelascartas, pelos astros, pelas fadas. Me puxa para fora deste túnel, me mostra ocaminho para baixo da quaresmeira em flor que eu quero encontrar em seu troncoo lótus de mil pétalas do topo da minha cabeça tonta para sair de mim e respiraraliviado e por um instante não ser mais eu, que hoje não me suporto nem meperdôo de ser como sou sem solução".


"A vida é agora, aprende. Ainda outra vez tocarão teus seios, lamberão teus pêlos, provarão teus gostos. E outra mais, outra vez ainda. Até esqueceres faces, nomes, cheiros. Serão tantos. O pó se acumula todos os dias sobre as emoções"


"Porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como "sempre" ou "nunca". Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicidio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituimos expressões fatais como "não resistirei" por outras mais mansas, como "sei que vai passar". Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência."



"Olha, eu estou te escrevendo só pra dizer que se você tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa. Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir. Eu não queria que fosse assim. Eu queria que tudo fosse muito mais limpo e muito mais claro, mas eles não me deixam, você não me deixa"


"Essa morte constante das coisas é o que mais dói"

"E uma compulsão horrível de quebrar imediatamente qualquer relação bonita que mal comece a acontecer. Destruir antes que cresça. Com requintes, com sofreguidão, com textos que me vêm prontos e faces que se sobrepõem às outras. Para que não me firam, minto. E tomo a providência cuidadosa de eu mesmo me ferir, sem prestar atenção se estou ferindo o outro também. Não queria fazer mal a você. Não queria que você chorasse. Não queria cobrar absolutamente nada. Por que o Zen de repente escapa e se transforma em Sem? Sem que se consiga controlar".



“Um dia de monja, um dia de puta, um dia de Joplin, um dia de Tereza de Calcutá, um dia de merda enquanto seguro aquele maldito emprego de oito horas diárias para poder pagar essa poltrona de couro autêntico onde neste exato momento vossa reverendíssima assenta sua preciosa bunda e essa exótica mesinha de centro em junco indiano que apóia vossos fatigados pés descalços ao fim de mais uma semana de batalhas inúteis, fantasias escapistas, maus orgasmos e crediários atrasados. “



"Já li tudo, cara, já tentei macrobiótica psicanálise drogas acupuntura suicídio ioga dança natação Cooper astrologia patins marxismo candomblé boate gay ecologia, sobrou só esse nó no peito, agora o que faço?"


“Claro que deve haver alguma espécie de dignidade nisso tudo, ,a questão é onde, não nesta cidade escura, não neste planeta podre e pobre, dentro de mim? Ora não me venhas com autoconhecimentos-redentores, já sei tudo de mim, tomei mais de cinqüenta ácidos fiz seis anos de análise, já pirei de clínica, lembra? você me levava maçãs argentinas e fotonovelas italianas, Rossana Galli, Franco Andrei, Michela Roc, Sandro Moretti, eu te olhada entupida de mandrix e babava soluçando perdi minha alegria, anoiteci, roubaram minha esperança, enquanto você, solidário e positivo, apertava meu ombro com sua mão apesar de tudo viril repetindo reage, companheira, reage, a causa precisa dessa tua cabecinha privilegiada, teu potencial criativo, tua lucidez libertária, bababá bababá. As pessoas se transformavam em cadáveres decompostos à minha frente, minha pele era triste e suja, as noites não terminavam nunca, ninguém me tocava, mas eu reagi, despirei, e cadê a causa, cadê a luta, cadê o potencial criativo?”



"Primeiro você cai num poço. Mas não é ruim cair num poço assim de repente?No começo é. Mas você logo começa a curtir as pedras do poço. O limo do poço.A umidade do poço. A água do poço. A terra do poço. O cheiro do poço. O poçodo poço. Mas não é ruim a gente ir entrando nos poços dos poços sem fim? Agente não sente medo? A gente sente um pouco de medo mas não dói. A gentenão morre? A gente morre um pouco em cada poço. E não dói? Morrer não dói.Morrer é entrar noutra. E depois: no fundo do poço do poço do poço do poço você vai descobrir quê."


"(...)Claro que você não tem culpa, coração, caímos exatamente na mesma ratoeira, a única diferença é que você pensa que pode escapar, e eu quero chafurdar na dor deste ferro enfiado fundo na minha garganta seca que só umedece com vodka, me passa o cigarro, não, não estou desesperada, não mais do que sempre estive, nothing special, baby, não estou louca nem bêbada, estou é lúcida pra caralho e sei claramente que não tenho nenhuma saída, ah não se preocupe, meu bem, depois que você sair tomo banho frio, leite quente com mel de eucalipto, gin-seng e lexotan,depois deito, depois durmo, depois acordo e passo uma semana a ban-chá e arroz integral, absolutamente santa, absolutamente pura, absolutamente limpa, depois tomo outro porre, cheiro cinco gramas, bato o carro numa esquina ou ligo para o CVV às quatro da madrugada e alugo a cabeça dum panaca qualquer choramingando coisas do tipo preciso-tanto-de-uma-razão-para-viver-e-sei-que-esta-razão-só-está-dentro-de-mim-bababá-bababá, até o sol pintar atrás daqueles edifícios, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais destrutiva que insistir sem fé nenhuma?”



“Ando angustiada demais, meu amigo, palavrinha antiga essa, angústia, duas décadas de convívio cotidiano, mas ando, ando, tenho uma coisa apertada aqui no meu peito, um sufoco, uma sede, um peso, não me venha com essas história de atraiçoamos-todos-os-nossos-ideais, nunca tive porra de ideal nenhum, só queria era salvar a minha, ,veja só que coisa mais individualista elitista, capitalista, só queria ser feliz, cara.”



“Num deserto de almas também desertas, uma alma especial reconhece de imediato a outra.”



"Então me vens e me chega e me invades e me tomas e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos e abres a boca para libertar novas histórias e outra vez me completo assim, sem urgências, e me concentro inteiro nas coisas que me contas, e assim calado, e assim submisso, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com lenta delicadeza deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar além dessa máscara colorida, que me queres assim porque assim que és..."



"Em luta, meu ser se parte em dois. Um que foge, outro que aceita. O que aceita diz: não. Eu não quero pensar no que virá: quero pensar no que é. Agora. No que está sendo. Pensar no que ainda não veio é fugir, buscar apoio em coisas externas a mim, de cuja consistência não posso duvidar porque não a conheço. Pensar no que está sendo, ou antes, não, não pensar, mas enfrentar e penetrar no que está sendo é coragem. Pensar é ainda fuga: aprender subjetivamente a realidade de maneira a não assustar. Entrar nela significa viver."



“De onde vem essa iluminação que chamam de amor, e logo depois se contorce, se enleia, se turva toda e ofusca e apaga e acende feito um fio de contato defeituoso, sem nunca voltar àquela primeira iluminação?”

"Não, você não sabe, você não sabe como tentei me interessar pelo desinteressantíssimo."




Autor: Caio Fernando Abreu

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Hoje eu me surpreendi quando notei que em mim habitava uma paz, que por sinal não tinha a tempos e acabei não me reconheçendo...

domingo, 7 de março de 2010

Mas caso...

Fosse apenas questão de parar e ver passar as coisas...
Eu poderia talvez enlouquecer com o silêncio que faria. De fora pra dentro.
No escuro me calo, me redimo, me faço.
Queria poder botar todas minhas noites em uma garrafa de álcool...

sexta-feira, 5 de março de 2010

É completamente seu...

Não sei nem como começar dizer tudo o que eu to sentindo agora! É dificil dizer, escrever o que sentimos,principalmente quando não se pode chegar, pegar em sua mão, olhar nos seus olhos e dizer tudo o que temos que falar; Mas agora, mesmo não podendo estar ai perto de você vou tentar dizer tudo que estar aqui dentro de mim, do modo mais simples que você entenda, e que você não se esqueça de nenhuma palavra do que eu direi aqui! Pois bem, eu e você sabemos como é dificil tudo isso, pois também nada nesse mundo vem do jeitinho que a gente quer, mas se eu para pra pensar, era realmente isso que eu queria, ter você, agora eu tenho a pessoa mais preciosa comigo, a pessoa que simplismente mudou tudo em mim, tudo, a pessoa que eu sei que quando eu precisar vai estar lá comigo, a pessoa que eu jamais quero perder, pois a única coisa que tenho medo é de não te-la mais, so de pensar em não ouvir mais sua voz, não poder te ver, ja me da um nó na garganta que não passa, até que escute sua voz, isso me acalma.
Você é tudo que eu tenho, porque o que eu preciso esta em você, todos os meus sonhos, meu desejos, meu futuro, minha vida, é com você; você faz muita falta, sabe quando voce olha ao seu redor, e lá não tem ninguém com quem você possa contar, ter um abraço, um carinho, um mimo, e que possa contar todos os
seus medos,e ficar o dai inteiro jogando conversa fora, rindo, brincando
, sabe aquele sentimento que tem algo faltando em você, e que ta muito longe mais ao mesmo tempo esta peerto de alguma forma, pois então, voce faz falta em tudo; Eu não sei o que faria sem você, você é minha base, minha coragem, meu desejo, meu medo, pois é sem você não sou nada, me perco, não sei o que fazer; É dificil a gente achar um pessoa que você realmente sabe que você ama e que depois de um tempo voce sabe que ele é o garoto que vc sempre sonhou, que sempre esteve em sua mente, pois é e eu encontrei o garoto dos meus sonhos, da minha vida toda.
É engraçado, pois o amor entre pessoas que realmente se amam, não tem fronteiras, limites, e quando a gente ve , estamos dando tudo pra te-lá. Quando você ama, você esqueçe do mundo lá fora, e vivi somente aquilo com que importa pra você, suas conquistas, deveres, e quando damos conta, já faz parte da gente.
Sinceramente fiquei um bom tempo procurando textos apropriados pra escrever pra você uma coisa mais 'bonitinha' mas nenhuma delas conseguia demostrar o que tem dentro de mim, agora eu digo que tudo isso que eu disse é o que realmente eu sinto,que você sabe que eu te amo muito, nada nem nunca mudou o que eu sinto por você, alias mudou sim , sempre cresce nao tem como evitar; e é isso que eu quero que você entenda de uma vez por todas, que você pra mim é único, nada substitui o que esta dentro de mim, e me desculpa se as vezes nao tenha me expressado do jeito que deveria, e não pude te ajudar quando você precisou, só quero dizer que eu te amo demais,demais,demais... e que nada muda, espero que tenha entendido o que eu queria te passar! - 'meu coração é seu, completamente seu'

O teatro da vida...

A vida é feita de atitudes nem sempre decentes. Não lhe julgam pela razão, mas pelos seus antecedentes.
É quando eu volto a me lembrar do que eu pensava nem ter feito. Vem, me traz aquela paz. Você procura a perfeição, eu tenho andado sob efeito. Mas posso te dizer que já não agüento mais. Desencana, não vou mudar por sua causa, não tem jeito. Mas.. Quem é que decide o que é melhor pra minha vida agora? Eu ouvi dizer que só era triste quem queria.

Sabe...

Hoje, deu vontade de chorar e eu só queria um colo para encostar minha cabeça e fingir que o mundo lá fora não existe. Hoje eu queria um abraço daqueles que te sufoca de tão apertado e ao mesmo tempo te protege de tudo. Hoje eu só queria ouvir “eu liguei pra saber se você tá bem” pra sentir uma dor menos doída dentro do peito. Cansei de amar pela metade. Cansei de me sentir sozinha. Cansei de tanta mentira. Cansei dos dias
iguais, da rotina. Cansei de mim e de me deixar sempre em última opção. Cansei de procurar meus amigos. Cansei de mentir pra mim, pra ver se dói menos. Cansei de me preocupar com quem não se preocupa comigo. Cansei de sofrer e de acordar indisposta, cansei de sentir o coração bater mais forte, com uma sensação de arrependimento, de erro. Cansei de tudo!

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Saudades dele...