sábado, 29 de maio de 2010

Desabafo simples, simples desabafo

É da confusão que se faz o real, o palpável...é da confusão que chego a um consenso de que não sei mais o que sou, não sei para onde vou e nem sei meus próprios sentimentos. Se é para fazer de mim um louco, que se faça de uma vez, numa bela noite eu veja um anjo ou luzes piscando em meus sonhos, que eu enlouqueça de vez, possa ver o mundo com os olhos de um louco que não quer mais nada da vida senão viver da própria loucura.

Se não me encontro em meus sonhos, em meus caminhos, se não choro mais ou digo e faço coisas sem sentido...não é porque não ligo, não é porque sou indeciso, mas de mim, das minhas certezas absolutas nada sobrou, eu quis sonhar, eu quis viver de um sonho e todo ele desmoronou-se na minha frente. Além da arte de decepcionar pessoas, da qual estou me tornando basicamente um Michelangelo ou um Leonardo da Vinci, na lógica de meus pensamentos sem lógica.

Não é romantismo, mas também não é realismo. Se trata da confusão de uma mente cansada de sempre voltar-se aos mesmos pensamentos tristes, mas que não tem um tijolo que seja para formar novos pilares e reconstruir tudo, pois a confusão que se fazia antes, do medo...ah medo, medo de perder tudo, medo de decepcionar todos, medo de ficar só. Todos eles concretizados em minha frente, absolutamente todos, pois para se sentir só não é necessária a falta de bons amigos, e sim a falta de um cobertor humano que esquente o meu ser, uma pessoa que dentre todas faça mais sentido que tudo, falta sim...ah falta, e além da mente...o coração também enlouqueceu. Como se já não bastasse todos os medos e as inseguranças, agora há também a ferida, que já não sangra mais, mas que se cutucada jorra sangue como uma veia cortada por um suicida qualquer. E o suicida sou eu.

E dentre toda essa confusão de corpo, mente e coração aqui estou...me servindo de meu próprio pilar, me apegando ao fútil e desnecessário, brigando contra tudo o que eu acreditava anteriormente. E novamente com medos, os meus medos...a minha insegurança. A falta de acreditar em mim mesmo.

Eu só quero não decepcionar mais ninguém.

Autor: Cristiano Faustino

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Além de escrever suuuper bem, é meu amigo, quer alguém melhor? *-*

domingo, 23 de maio de 2010

SK

"O verdadeiro Amor como qualquer outra droga forte que cause dependência, não tem graça. Assim que a fase do encontro e descoberta se encerra, os beijos se tornam surrados e as carícias cansativas... exceto, é claro, para aqueles que compartilham os beijos, que dão e recebem as carícias enquanto cada som e cada cor do mundo parecem se aprofundar e brilhar em volta deles.
Como acontece com qualquer outra droga forte, o primeiro amor verdadeiro só é realmente interessante para aqueles que se tornam seus prisioneiros. E como acontece com qualquer outra droga forte que cause dependência, o primeiro amor verdadeiro é perigoso. Os que estão sob o domínio de uma droga forte - heroína, erva-do-diabo, verdadeiro amor - freqüentemente se vêem tentando manter um precário equilíbrio entre discrição e êxtase, enquanto avançam na corda bamba de suas vidas. Manter o equilíbrio numa corda bamba é difícil até mesmo no estado mais sóbrio; fazer isso num estado de delírio é praticamente impossível. A longo prazo, é completamente impossível."
- Essa é uma passagem da Torre Negra...( O Mago de Vidro)



..." Notei que sentia um amor imenso, quase esmagador, por ela e que estava grato por ela sentir o mesmo por mim - estava em seus olhos. Então eu a abracei".
- Duma Key


"A vida é uma roda. Mais cedo ou mais tarde, tudo o que vc pensou ter deixado para trás torna a aparecer. Para o bem ou para o mal, torna a aparecer."
- Insônia

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Tiradas dos livros do Stephen King *-*

domingo, 16 de maio de 2010

Pela última vez

Pela última vez, prometo me perder em seus sorrisos, no seu espírito positivo e no timbre da sua voz que sempre me diz “vai dar certo” mais uma vez. Prometo que vai ser a ultima vez que me entrego a alguém, pois agora descobri que depois de você, não vai existir ninguém, e só me sobrará o vazio, aquele mesmo que me habitava antes de te encontrar, antes de conhecer-te, querer-te, e finalmente o ter..
É estranho, os anos passam e com eles vão embora mais algumas promessas, e vem outra pra se quebrar e ficar no lugar, foi o mesmo comigo, disse várias vezes pra mim mesma, com letras garrafais, que nunca mais chegaria a amar como amei outro alguém, e estava eu conseguindo cumprir de cabeça erguida o que prometi, mas aí vem você, SIM, você.. Pra me tomar por inteira, e me arrancar sorrisos e suspiros durante apenas alguns segundo da minha noite...
O problema das drogas, não são usá-las, mas sim o tempo em que se usa, e eu me já me sinto uma viciada, não só por você, mas pelo todo, pelo jeito como me olha, como sorri, o jeito como se meche fazendo com o seu perfume se empreguine em mim, como me toca, como me beija... ainda tenho guardada a lembrança daquela primeira vez...


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Rawr, ando atacando de escritora *-*

sábado, 15 de maio de 2010

Morrer de amor

Todo fim de relacionamento dói. Minto, dói demais, dói cada pedacinho da alma e embora saibamos que não é uma dor física e está longe de ser uma doença, sentimos exatamente o contrário . O sofrimento é capaz de adoecer o corpo, causar calafrios, insônia e dores de cabeça. É tanta tristeza que não cabe no quarto ou nos cantos da casa. Dependendo do tempo da relação ou das promessas ditas e ouvidas, as coisas pioram uns noventa por cento, chutando alto. E por que não sentir? Por que não chorar? Cada lágrima que vai embora leva um pouquinho desta dor, cada vez que tocamos no assunto tentando entender as razões para o fim, a alma se sente mais leve e pouco a pouco as coisas voltam ao lugar. Uns demoram mais, outros demoram menos para esquecer, ainda sim esquecem, todos nós esquecemos. Pode parecer que não, mas quando nos damos conta, nem lembramos mais do que aconteceu ou porque tudo chegou ao fim, só restam as lembranças boas. Existem aquelas pessoas que não se conformam com a separação e passam dias tentando reatar a relação. Ok, eu acho válido tentar quando acreditamos que existe a possibilidade, por mais remota que seja. Ou para deitarmos a cabeça no travesseiro tendo a sensação confortável de ter ao menos tentado. Mas para tudo existe um limite, e acho que este limite tem a ver com a palavrinha “amor-próprio”, porque sinceramente, nenhuma relação seja lá de quantos anos, vale isso. Um dia passa e a gente se arrepende por cada coisa estúpida que fizemos, afinal, amor não se pede, tão pouco se cobra. Amor se sente, ou não. Se ele não quer mais, senta e chora. Aluga uma comédia romântica, chora mais um pouco. Tome litros de sorvete ou coma muito chocolate. As lágrimas secam, a dor passa e as espinhas somem, cedo ou tarde. Não sou capaz de lembrar quantas vezes eu disse que não amaria mais. Nem sei mesmo se amei todas as vezes que disse que amei. Sei que sofri terrivelmente em cada término, como se aqueles fossem os últimos momentos da minha vida. Eu esbravejei e me senti o ser humano mais azarado que já viveu neste planeta, chorei horas trancada no quarto enquanto me perguntava: “Porque ela? Porque não eu? Porque não eu? Porque não eu? Porque nunca eu?”. Mas é uma delicia saber que passa, sempre passa. Não passou ainda, mas vai passar. Por isso eu amo, e me perco, e me acho, e ressucito mil vezes com a alegria de quem viveu apenas uma vez. Mário Quintana escreveu: “É tão bom morrer de amor e continuar vivendo”, eu concordo.

Do "Depois dos quinze" também *-*


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Ok, ok. Me apaixonei pelo site, comofaz?

Evaporar












– Você me ensinou que nada é para sempre.
- Mas, eu continuo aqui.
- Eu sei, é exatamente por isso.


Ela nunca entendeu o porque daquelas palavras. E eu sei, que nem mil explicações seriam o bastante para que isso acontecesse. A falta de oxigênio já não era mais pelo excesso de amor, e sim pela falta dele. A distancia fez com que o seu amor acabasse, eles nunca desgrudavam. Até então, para ele, tudo que permaneceu intacto tinha ido embora. Ela era diferente, ela ainda estava ali… Inteira. Aquilo o enjoou, e ele não poderia esperar nove meses para terminar. Deu naquele instante, luz a maior escuridão da vida dela, o adeus. Eu poderia descrever essa sensação em milhares de palavras, mas ainda sim seria incompleto. Sentimentos como aquele, não se descrevem, se escondem.

E foi isso que ela fez.
Não deixou nada evaporar, não chorou.
Faça o mesmo.


Do "Depois dos quinze" *-*

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Individualista elitista capitalista

“Ando angustiada demais, meu amigo, palavrinha antiga essa, angústia, duas décadas de convívio cotidiano, mas ando, ando, tenho uma coisa apertada aqui no meu peito, um sufoco, uma sede, um peso, não me venha com essas história de atraiçoamos-todos-os-nossos-ideais, nunca tive porra de ideal nenhum, só queria era salvar a minha, veja só que coisa mais individualista elitista, capitalista, só queria ser feliz, cara.”

Caio Fernando Abreu

CVV

"(...)Claro que você não tem culpa, coração, caímos exatamente na mesma ratoeira, a única diferença é que você pensa que pode escapar, e eu quero chafurdar na dor deste ferro enfiado fundo na minha garganta seca que só umedece com vodka, me passa o cigarro, não, não estou desesperada, não mais do que sempre estive, nothing special, baby, não estou louca nem bêbada, estou é lúcida pra caralho e sei claramente que não tenho nenhuma saída, ah não se preocupe, meu bem, depois que você sair tomo banho frio, leite quente com mel de eucalipto, gin-seng e lexotan,depois deito, depois durmo, depois acordo e passo uma semana a ban-chá e arroz integral, absolutamente santa, absolutamente pura, absolutamente limpa, depois tomo outro porre, cheiro cinco gramas, bato o carro numa esquina ou ligo para o CVV às quatro da madrugada e alugo a cabeça dum panaca qualquer choramingando coisas do tipo preciso-tanto-de-uma-razão-para-viver-e-sei-que-esta-razão-só-está-dentro-de-mim-bababá-bababá, até o sol pintar atrás daqueles edifícios, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais destrutiva que insistir sem fé nenhuma?

Caio Fernando Abreu

#Confissões - Dias intermináveis

Me vejo dentro desse circulo vicioso novamente. E aquela mesma vontade de tempos passados reaparecem e me fazem querer quebrar qualquer tipo de vinculo que eu pudesse ter com aquela pessoa que hoje, já não sai mais dos meus pensamentos, os quais antes, existira apenas dor.
Não sei dizer ao certo... Me parece que a carência afeta os sentidos humanos, ou será que é tudo uma grande bobagem, a qual eu criei, apenas pra camuflar e esconder de todas as maneiras possíveis tudo que senti naquele momento?
Todos os dias pra mim, são dias intermináveis, conto nos dedos as horas e os minutos.
Quero estar ciente de cada segundo que passa, e que me deixa mais perto de te ver, te tocar e sentir seu cheiro novamente.

Zen

"E uma compulsão horrível de quebrar imediatamente qualquer relação bonita que mal comece a acontecer. Destruir antes que cresça. Com requintes, com sofreguidão, com textos que me vêm prontos e faces que se sobrepõem às outras. Para que não me firam, minto. E tomo a providência cuidadosa de eu mesmo me ferir, sem prestar atenção se estou ferindo o outro também. Não queria fazer mal a você. Não queria que você chorasse. Não queria cobrar absolutamente nada. Por que o Zen de repente escapa e se transforma em Sem? Sem que se consiga controlar."

Caio Fernando Abreu *-*

sábado, 1 de maio de 2010

Há tempos...

Já faz algum tempo, que venho pensando sobre cenas que passam em minha cabeça, como um filme, do qual eu já me cansei de ver. Prometi que essa era a última vez que isso aconteceria. Não despedaçarei-me mais diante de seus sorrisos, e quando você pensar em voltar, não vou dizer nenhuma palavra.


"E a partir de agora as coisas que mais gosta, são as que eu mais vou odiar, nos lugares que nunca vai, vão ser aqueles que eu vou estar.
E quem odeia, vai se tornar o meu melhor amigo, quero que se foda tudo a seu respeito.. Nem quero mais ouvir o seu nome, não me interessa com quem está (...)"

"Pode Apostar" - Kiara Rocks

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Essa música diz muito sobre o meu momento, e eu gostei dela e do ritmo logo na primeira vez que ouvi *-*

Séculos.

Faz séculos que não vejo seu rosto,
o mundo se transformou à minha volta
e as sombras me fazem companhia.
Minha espada provou do sangue de muitos inimigos,
e até hoje me pergunto quantos mais terei de matar.
Minha imortalidade é uma maldição.

Faz séculos.
Existem tantos recantos no mundo...
queria vê-los ao seu lado.
Ver a noite chegar enquanto despertamos juntos.
Provar dos seus doces beijos e acreditar que nada vai mudar.Mas somos imortais, e tudo muda ao nosso redor.
Somos folhas ao vento, meu doce amor.
E o vento nos leva ao seu bel prazer.
Depois de tantas noites e séculos algumas coisas já não importam mais.

Dance comigo, deixe-me conduzi-la pelo salão.
Nós somos a luz dentro da noite!
Precisamos um do outro, preciso de você dentro da minha escuridão.
Sinto sua falta, faz séculos que não te vejo.
Preciso saber que está respirando para continuar vivendo eternamente.
Minha dama, meu amor, eu preciso de você.
Deixe-me saber que ainda vive,
Deixe-me fitar seus cabelos a luz da lua.

Saber que um dia me permitiu te amar.
Que me deixou beijar sua boca, possuir seu corpo.
Tudo o que preciso vive em você, em seu sorriso.

Cante para mim,
deixe-me ficar em seu colo, meu doce amor,
o dia está tão longe, temos tempo para mais um beijo.
Uma jura de amor eterno.
Gostaria de poder morrer
para fazê-lo em seus braços.

Mergulhar em sua garganta e levá-la em meu coração imortal.
Tingir teu seio com beijos.
Há séculos eu anseio por seu amor.
Há séculos eu nada sou sem você.
Há séculos.



Nazarethe Fonseca.


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Ela é autora da série 'Alma e Sangue' que eu morro de vontade de ler *--*
Blog dela aqui.