sábado, 27 de fevereiro de 2010

Tragédia Poética

O copo não está meio vazio, como dizem os pessimistas. Até onde ele vê, não há mais nada no copo. Um copo inteiro cheio de nada para ele entregar-se. Desde que a voz da ambição há muito calou-se. Um cantor, um escritor. Ele agora não sonha em ir para lugar algum. Ele se importou com nada, e tudo que ele era... É só uma tragédia. Então ele anda em círculos. E não chega a lugar algum. E se submete à substância que o levou ali pela primeira vez. Depois em violenta frustração, ele questiona a Deus ou ninguém. Há algum sentido naquela loucura e em tudo que ele era? É só uma tragédia. Ele se sente sozinho. Com seu coração nas mãos. Ele está sozinho.. Ele se sente sozinho. Eu sinto...

Então naquele último dia ele acaba com tudo. Ele ergueu alto. E gritou... e ele tira sua própria vida.

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Comunidade aqui!

Blue and Yellow

Título: Blue and Yellow
Autora: Priscila Magalhães
Ship: Gert
Fandom: My Chemical / The Used
Gênero: Romance, ando dramática demais
Censura: PG-13
Terminada: não
Capítulos: Sem capítulos
Beta-reader: Priscila Magalhães
Teaser: “É, fazem exatamente 2 anos. Dois longos e dolorosos anos desde que ele se foi sem ao menos olhar pra trás me deixando aqui. Sem ao menos uma carta ou alguma lembrança, somente as memórias em minha mente, que deveriam ter sido apagadas, mas ainda estão vivas demais. E dói. Como dói me lembrar do seu último olhar sem dizer adeus. “

Disclaimer: Não, os personagens não me pertencem, mas a história contada aqui pertence a minha fértil imaginação. Mas sim, eu acredito no romance entre eles (R)³






Bert’s POV

Não pensei que fosse doer tanto fazer isso. Mas hoje eu fico pensando se realmente fiz o que era o certo, fico imaginando se ele sofreu com a minha partida ou se ele simplesmente seguiu o caminho dele com a “prometida“. Não queria que as coisas terminassem desse jeito, eu seguindo meu caminho longe dele, mas eu fui completamente forçado a isso.

[/flashback]
- Não consigo me lembrar dessa brincadeira, Bert!
- Ah Gee, não acredito, era sua preferida. Eu sei que passamos anos sem nos ver, mas não pode ser tão fácil assim esquecer o que mais se gostava na infância.
Os risos ecoavam pela sala dos Way toda vez que os dois resolviam se reunir após as aulas.


Era difícil demais pra eu ter esses flashes de memória.
Nós éramos duas crianças quando nos conhecemos. Com nove anos eu me mudei para a vizinhança onde ele já residia e não sei porque diabos ele foi o único que resolveu se aproximar de mim. Cidade pequena é uma merda, é. Hoje, posso dizer que amaldiçôo com todas as forças que tenho o dia que meus pais resolveram se mudar para aquele lugarzinho medíocre!
É eu sei que passamos pouco mais de 2 anos juntos. Logo depois de completar meus onze anos meu pai resolveu se mudar novamente e carregar a mim e a minha pobre mãe.
E foi assim, que eu me separei da única pessoa que realmente significou algo na minha vida.


Gerard’s POV

É, fazem exatamente 2 anos. Dois longos e dolorosos anos desde que ele se foi sem ao menos olhar pra trás me deixando aqui. Sem ao menos uma carta ou alguma lembrança, somente as memórias em minha mente, que deveriam ter sido apagadas, mas ainda estão vivas demais. E dói. Como dói me lembrar do seu último olhar sem dizer adeus.

Ainda me lembro de quando nos conhecemos e ele era apenas um molequinho novo na minha vizinhança. Magrelo com os cabelos escorridos e cumpridos caindo nos olhos, estranho pra quem não o conhecia, mas comigo era diferente. Mesmo com pouca idade, eu o conhecia como ninguém. Ficamos amigos assim, da noite pro dia e a tendência disso, nós sabíamos, era o sentimento crescer com o passar dos anos.

Estudamos no mesmo colégio durante dois anos, quando o pai dele resolveu se mudar novamente. Confesso que não estava nem um pouco preparado psicologicamente pra isso, não esperava de acontecer tão cedo. Apenas dois anos de convivência, dois maravilhosos anos, e eu podia dizer que ele era meu melhor amigo. Alias muito mais que um amigo.

[/flashback]
- Bom você é novo por aqui, provavelmente eu tenha que te apresentar tudo então.
- Se você não quiser, não precisa. Poucos são os que chegam perto de mim mesmo. Já estou acostumado. - E se virou.
- Ah Bert, qual é?! - Corri até ele. - Não vou te abandonar, você sabe disso. Então eu fiz um cafuné na sua cabeça e fomos andando lado a lado para a sala de aula.
- Obrigado Gee!
- Pelo o que?
- Por você ser meu melhor amigo.

Bert’s POV

Sete anos se passaram sem o Gee. Cara, não sei como eu agüentei. Foi duro, foi duro demais ter que partir e deixar a única pessoa que significava algo nessa minha vidinha mais ou menos pra trás. Eu não tive nem tempo de me despedir. Foi confuso demais acordar no meio da noite com meu pai querendo sair de lá. Viciado de merda.

Quando completei dezoito anos sai de casa gritando que já não agüentava mais. Minha mãe havia deixado meu pai quando eu completei meus dezesseis, desde então éramos só eu ele. Mas eu do que ele, já que ele ficava por aí nos cantos se drogando o tempo todo. Não agüentava mais a solidão, resolvi voltar para os braços do único que me acolheu um dia. Gerard Way. O meu Gee.




[/flashback]

Andando e chorando eu procurava desesperadamente pelo meu celular na mochila. Sabia que ainda tinha o número dele gravado e não custava nada tentar falar com ele.
“ Merda! Por que tudo some quando a gente sempre precisa?! “ Eu pensei enquanto mexia na mochila.
- Alô! Gee? Sou eu, Bert!
Acho que o estado de choque dele deve ter sido grande, porque ele ficou exatos 3 minutos sem me responder.
- Cara, você ta aí? Gee? Gerard ?!
- Eu... Eu to aqui... Só estou... Meu Deus! Não acredito que é você! Você não pode imaginar como eu fiquei esses anos todos te procurando que nem um doido, seu idiota! Se tinha meu telefone por que você nunca me ligou?! Estúpido, babaca! Mas.. que voz é essa? O que você tem? Alguém te fez algo? Se alguém fez me avisa porque eu vou bater no filho da p...
- Calma, calma! – Finalmente consegui falar e ele nem terminou a frase – Eu só to saindo de casa mais nada! To cansado, então resolvi te ligar pra saber se... Bom, se tem problema eu passar a noite aí, tem? Se tiver eu tenho uma grana aqui que peguei do meu pai antes de sair...
- Você sabe que não tem problema, Bert, seu idiota! Vem logo pra cá.
Imagino a surpresa quando ele ouviu a campainha tocar em menos de 5 segundos.

Gerard’s POV

“Sete anos depois e ele aparece desse jeito! Ele quer me matar do coração!” Foi o que eu pensei antes de abrir a porta e olhar para aquela figura parada na minha frente. A vontade súbita que meu deu foi de abraçá-lo e nunca mais soltar, mas minha família estava toda na sala, atrás de mim. Até meus pais se preocuparam com o telefonema repentino dele. Mas o que importa?! Ele estava de volta, de volta pros meus braços e eu nunca o deixaria partir de novo.. A não ser... MERDA! Decidi que não ia dizer nada por enquanto, queria aproveitar ele ali, comigo, me abraçando.



Bert’s POV

Quando eu voltei e eles me acolheram, ele me olhou tão dócil, tão carinhoso que eu senti vontade de abraçá-lo. Então eu larguei minha mochila e corri pros seus braços, aqueles braços que eu senti tanta falta. Os únicos que faziam todos os meus problemas irem embora.


[/flashback]

Lembro como se tivesse sido ontem nossa primeira tarde juntos. A chuva caia, cruel lá fora e as gotas batiam furiosas na janela do meu quarto. Quando chegamos do colégio ele foi me fazer companhia, dizendo que eu ficava muito tempo sozinho naquele lugar horrível, era assim que ele descrevia o lugar que eu consegui alugar pra não ter que incomodar os pais dele. Estava me trocando quando ouvi os barulhos na porta e fui ver quem era. Ele estava ensopado.
- Puta merda! Você podia pegar uma pneumonia desse jeito! Vem aqui. – E o abracei, ele estava gelado e tremendo.
- O-o-obrigado! E-e-eu esto-o-u-u mo-o-orren-n-ndo de fr-i-i-o! - E ele se agarrou mais ainda a mim.
Nessa hora eu senti um impulso incontrolável subir pela minha espinha, me arrepiei. Um calor muito grande aquecia meu corpo agora e eu sei que ele também sentiu, pois ele parou e ficou me fitando durante alguns segundos. E foi exatamente nesse tempo que eu não consegui parar pra pensar e segurei seu rosto com as minhas mãos quentes e encostei meus lábios quentes nos dele, gelados por causa da água da chuva. E senti nossos corações batendo juntos enquanto nossas línguas envolviam uma a outra. Os movimentos foram ficando mais fortes a cada segundo que passava eu sabia que ele também queria. Foi quando em dei conta que estávamos andando em direção a minha cama e com uma rapidez inacreditável eu o virei e o joguei. Nossos corpos estavam tão unidos que parecíamos um só e, à medida que ele descia a mão dele, os arrepios ficavam mais intensos, tão intensos que eu pressionava mais ainda meu corpo contra o dele. Eu pude sentir nossos membros encostando e a sensação disso era tão boa. Os movimentos ficavam mais e mais intensos e ele desceu sua mão até meu membro, me fazendo estremecer dos pés à cabeça, tocando o mesmo apenas com a ponta dos dedos no começo. Logo sua mão se fechou nele, o apertando, pressionando freneticamente como se o desejasse acima de tudo. Eu ofeguei, mordi meus lábios tentando evitar meus gemidos.

Minhas mãos, trêmulas devido à tamanha excitação que eu sentia, subiram sua blusa, a tirando de uma forma afobada, louco para deslizar meus lábios por seu peitoral, morder cada parte daquele corpo. Mordi seu peitoral, sugando a sua pele em seguida enquanto as ágeis mãos de Gerard livravam meu membro, que já estava completamente formado, da calça. Gemi aliviado ao que senti suas mãos descendo a minha calça juntamente da boxer preta que vestia. Agarrei a sua cintura fortemente com uma das mãos e assim fiz o mesmo em sua calça, a abrindo e tentando abaixá-la desesperadamente, louco para tê-lo para mim de uma vez. Gerard me ajudou, puxando a própria calça e a sua cueca junto, que logo foram parar no chão. Tomei seus lábios novamente, os sugando com vontade e sem aviso, o virei de bruços contra a cama, afastando meu quadril do dele. Não precisei dizer nada para Gee apoiar seus joelhos sobre a cama e as mãos logo em seguida. Minhas mãos apertaram-lhe as nádegas enquanto eu ficava de joelhos em sua frente, logo as separando enquanto dava beijos por toda a extensão de suas costas. E sem aviso nenhum, sem ao menos lubrificá-lo, eu o penetrei lentamente, escutando os gemidos manhosos de Gerard, que invés de reclamar de dor, pedia por mais. E assim eu tirei meu membro de dentro dele de uma vez, o penetrando da forma mais rápida e com toda força que eu tinha. Fechei meus olhos, deixando vários gemidos escaparem enquanto começava a dar fortes estocadas dentro do seu interior, descontando todo o prazer que sentia.

Gerard’s POV

É, ele voltou e tudo voltou ao normal. Mas eu tinha um segredo, talvez o único que eu tivesse com ele. Tinha medo, muito medo de como ele iria ficar quando soubesse. Ou melhor, quando descobrisse. Claro! Eu não ia contar se pudesse esconder e evitar o sofrimento. Mas ai um dia...

Flashback
- Bert, calma! Calma cara! Não quero que você faça nenhuma besteira por causa disso. – Eu dizia nervoso, acompanhando seus passos de um lado para o outro, enquanto via ele empurrar e jogando tudo que via a sua frente.
- Noivo, Gerard!? Noivo?! Por que você nunca me contou nada?! Porque me escondeu isso durante tanto tempo?!
- Pensei que você nunca mais fosse voltar, pensei que tivesse ido pra sempre! Então eu decidi simplesmente aceitar que viveria minha vida sem você, foi quando esse noivado doido apareceu!
- Você podia ter me dito, só assim eu pouparia o trabalho de voltar aqui por sua causa.
E ele bateu a porta, me deixando as lágrimas, sentado no velho carpete encardido da sala do seu pequeno apartamento.

Acho que foi o pior dia da semana, não. Foi o pior dia da minha vida. Ser deixado pra trás, como se nada do que passamos tivesse significado algum pra ele e eu simplismente fizesse parte de um passado que ele não queria reviver. Pude ver a raiva e a tristeza daquele mesmo menino que chegou aqui na vizinhança voltar aos seus olhos.

Bert’s POV
É, já faz um tempo que não falo com o Gerard. Deveria ter sido um pouco mais sutil quando eu sai e deixei ele e todo aquele passado estúpido pra trás. Não, não quero lembrar de mais nada. Mas aí a droga do convite chegou, eu ainda não acredito que ele me mandou aquilo, como se ele já não me conhecesse o suficiente pra saber que eu não iria a lugar nenhum. Foi aí que eu me surpreendi com a minha atitude e no dia marcado eu estava na porta com a chave na mão, trancando a casa e saindo pra pegar o trem.

Não havia decoração na igreja, pelo jeito nem um público grande, deveriam ser apenas parentes próximos e amigos íntimos, pois quando cheguei na porta , não havia aquele estardalhaço costumeiro de todo casamento de cidade pequena. Aonde a população inteira vem desejar uma vida longa e feliz aos recém casados, que estão prestes a sair para a cidade grande e tentar uma vidinha melhor. Medíocre, mas tudo bem.
Fiquei com muito medo de entrar na igreja e ver aquela mulher que tinha roubado o amor da minha vida, olhar o rosto dela e ter que concordar com todos que era linda, graciosa e simpática. O plano? O plano era entrar na igreja assim que o padre perguntasse se havia alguém contra o casamento e declarar todo o meu amor por ele, e nós fugiríamos para um lugar bem distante e casaríamos e viveríamos felizes pra sempre. O que eu to falando?!

“- E agora se tiver alguém aqui presente, que seja contra esse casamento, fale agora ou cale-se para sempre.” Eu tremi, meu corpo começou a ficar quente e eu fiquei desorientado. Quando por um impulso eu entrei na igreja de cabeça baixa e a levantei em direção ao altar, gritando para que o padre parasse o casamento, vi a cabeça de Gerard se virar para o meu rosto e que lágrimas escorriam dos seus olhos, mas no mesmo instante um sorriso radiante e feliz surgiu no rosto dele, como os raios de sol em toda manhã de verão, aquilo me encantou como se fosse a primeira vez, e ele veio com os braços abertos em minha direção. E eu sabia que ele me amava como sempre amou e que iríamos ser felizes como havíamos prometido um ao outro. Quando tomei coragem para olhar na direção do altar, uma onda de choque invadiu meu coração....

- Frank!?

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Linda, linda, linda *-* Tá, a fanfic tem temática homossexual, mas não me importo, My Chem. pra mim sempre vai ser a melhor banda, com os melhores integrantes! *-*

Quando vejo seu sorriso...

Lágrimas correm pelo meu rosto e não posso fazê-las voltar. E agora que eu sou mais forte descobri como esse mundo se torna frio e rompe completamente minha alma. E eu sei que descobrirei bem no fundo que posso ser o único. Nunca deixarei você cair! Eu enfrentarei tudo com você pra sempre. Eu estarei ao seu lado apesar de tudo isso. Mesmo que salvar você me mande pro céu... Tudo bem, tudo bem, tudo bem... As estações estão mudando. As ondas se quebrando. Todas as estrelas caem por nós. Os dias aumentam e as noites diminuem. Eu eu posso te mostrar que serei o primeiro.

Por que você é, você é, meu verdadeiro amor, de todo meu coração. Por favor, não o jogue fora. Por que eu estou aqui por você. Por favor não se vá. Por favor diga que você vai ficar, ficar... Me use como você quiser! Me persua sutilmente só por emoção. E eu sei que ficarei bem, embora meus céus se tornem cinza.


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A ultima parte é o trecho da música 'Your Guardian Angel' do The Red Jumpsuit Apparatus *-*
Comunidade aqui!

Hoje...

"Hoje pensei em você
Hoje que me sinto tao incapaz
Você tranquilizou meu ser
Sentir tua presença me conforta
De alguma forma
Mesmo tão longe te tenho aqui"


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Pois é, ressucitando aqui, ultimamente vai ser dificil postar, mas eu tento e ressucitando também, umas frases do meu antigo blog. ^.^

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Que...


'Que no fim das contas as pessoas são solitárias e por mais próximas nunca seriam uma só... E que é absolutamente impossivel fazer com que alguém seja totalmente seu!'


Nana - vol. 6

E...

'...eu apoiei sua cabeça, ela me olhou e disse:
"Me abrace, querido, só por um pouco"
Eu a abracei forte e a beijei - nosso último beijo
Eu encontrei o amor e sabia que o tinha perdido
Bem, agora ela se foi, mesmo eu tendo abraçado-a com força
Eu perdi meu amor, minha vida, naquela noite'

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Quando...



"Quando chove gelo a gente sai com a língua pra fora. Eu fingi tanto tempo ter certeza demais e agora eu ouço alguém me dizer: "pai, deixa a luz acesa" e me perguntar quem acende as estrelas. Eu sou criança grande sabe, e eu quero sair e pular nas poças se for pra te ver amar e como já foi dito, "toda criança sensível saberá o que estou dizendo."


Nene Altro, vocalista do Dance Of Days.

Renascendo...

Dizer, mentir pra você mesma
quando nem voce vê esperança
é mais fácil do que parece!

Você sempre some,
e quando eu preciso de vc?
qual foi a última vez em que esteve aqui?

Da chuva que cai
quando você se vai
mas mesmo assim, você não se lembra de mim.

Eu viveria dentro dos seus olhos
mas já não posso ficar
você leva consigo tudo o que restou de mim
baby, eu tenho que ir...

Clarice...

"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."

"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro."

"Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite."

"Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho."

"A palavra é o meu domínio sobre o mundo."

"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida."

"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo."

"Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome."
(Perto do Coração Selvagem)

"Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar."

"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada."

"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato…
Ou toca, ou não toca."

"Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil."

"Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós."

"E se me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar."

"Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam."
(A Hora da Estrela)

"Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito."

"Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo – quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação."


"Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras.
Sou irritável e firo facilmente.
Também sou muito calmo e perdôo logo.
Não esqueço nunca.
Mas há poucas coisas de que eu me lembre."

"Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar."

"Com todo perdão da palavra, eu sou um mistério para mim."

"Eu não sou tão triste assim, é que hoje eu estou cansada."

"…Que minha solidão me sirva de companhia.
que eu tenha a coragem de me enfrentar.
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo."

"…estou procurando, estou procurando. Estou tentando me entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda."

"Porque há o direito ao grito, então eu grito."

"Eu não sou promíscua. Mas sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro."

"E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior que eu mesma, e não me alcanço."

"Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo."

"Terei toda a aparência de quem falhou, e só eu saberei se foi a falha necessária."
(A paixão segundo G.H)

"O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós."


Todas da Clarice Lispector.

Um poema que...

Quero sacrificar meu interior e arrancar tudo que há em mim que seja seu. Eu quero escrever um poema.
Um poema bonito, que tenha paixão, que tenha sentimento.
Que expresse o meu interior sombrio, que mostre meu lado vazio.
Que me faca entender a essência do seu sentimento, que me faca enxergar todo esse entendimento.
Um poema que tenha cautela pela minha dor, que quantifique todo o meu interior.
Que expresse cada lágrima, cada destruição que você me causou.
Um poema que desestruture toda a sua parte dentro do meu coração, que me faca extinguir toda emoção, que me faca te enxergar com a razão.
Que seja transparente, que de tão sincero me faca por um momento ser inconsciente.
Um poema que demonstre a intensidade do castanho escuro dos meus olhos, e que faca bastar essa intensidade a ponto de eu não precisar do brilho dos seus castanhos.
Algo que me molde, e que essa moldura seja isenta de qualquer lembrança sua, que essa moldura não precise da sutileza do seu sorriso.
Um poema que de tão característico pareça irreal, que faca com que essa minha necessidade de você se torne normal.
Um poema que desconheça todo o seu caminho, que te torne um mero fim, que faca com que meu sentimento por você fuja de dentro de mim.
Um poema que faca com que o meu coração pare de sangrar, que enfeite minha alma, que me ensine a não te amar.


Autora: Paula Stéfano

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Postando o poema dela aqui com a maior honra ^.^

Trechos de Caio Fernando de Abreu

"Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo. Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas tentativas de aproximação. Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela, como um cão com seu osso.
A única magia que existe é estarmos vivos e não entendermos nada disso. A única magia que existe é a nossa incompreensão."

"E tudo que eu andava fazendo e sendo eu não queria que ele visse nem soubesse, mas depois de pensar isso me deu um desgosto porque fui percebendo (...) que talvez eu não quisesse que ele soubesse que eu era eu, e eu era."

"Não choro mais. Na verdade, nem sequer entendo porque digo mais, se não estou certo se alguma vez chorei. Acho que sim, um dia. Quando havia dor. Agora só resta uma coisa seca. Dentro, fora."

"… Mas só muito mais tarde, como um estranho flash-back premonitório, no meio duma noite de possessões incompreensíveis, procurando sem achar uma peça de Charlie Parker pela casa repleta de feitiços ineficientes, recomporia passo a passo aquela véspera de São João em que tinha sido permitido tê-lo inteiramente entre um blues amargo e um poema de vanguarda. Ou um doce blues iluminado e um soneto antigo. De qualquer forma, poderia tê-lo amado muito. E amar muito, quando é permitido, deveria modificar uma vida – reconheceu, compenetrado. Como uma ideologia, como uma geografia: palmilhar cada vez mais fundo todos os milímetros de outro corpo, e no território conquistado hastear uma bandeira. Como quando, olhando para baixo, a deusa se compadece e verte uma fugidia gota do néctar de sua ânfora sobre nossas cabeças. Mesmo que depois venha o tempo do sal, não do mel ..."

"Frágil – você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Um dia mandará um cartão-postal de algum lugar improvável. Bali, Madagascar, Sumatra. Escreverá: penso em você. Deve ser bonito, mesmo melancólico, alguém que se foi pensar em você num lugar improvável como esse. Você se comove com o que não acontece, você sente frio e medo. Parado atrás da vidraça, olhando a chuva que, aos poucos começa a passar."

"Talvez um voltasse, talvez o outro fosse. Talvez um viajasse, talvez outro fugisse. Talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos, dominicais, cristais e contas por sedex (...) talvez ficassem curados, ao mesmo tempo ou não. Talvez algum partisse, outro ficasse. Talvez um perdesse peso, o outro ficasse cego. Talvez não se vissem nunca mais, com olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem junto para Paris (...) talvez um se matasse, o outro negativasse. Seqüestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe. Talvez tudo, talvez nada…"

"Ah, fumarás demais, beberás em excesso, aborrecerás todos os amigos com tuas histórias desesperadas, noites e noites a fio permanecerás insone, a fantasia desenfreada e o sexo em brasa, dormirás dias adentro, noites afora, faltarás ao trabalho, escreverás cartas que não serão nunca enviadas, consultarás búzios, números, cartas e astros, pensarás em fugas e suicídios em cada minuto de cada novo dia, chorarás desamparado atravessando madrugadas em tua cama vazia, não consegurás sorrir nem caminhar alheio pelas ruas sem descobrires em algum jeito alheio o jeito exato dele, em algum cheiro estranho o cheiro preciso dele(...)"


"Te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia, me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em tudo outra vez."

"Quando partiu, levava as mãos no bolso, a cabeça erguida. Não olhava para trás, porque olhar para trás era uma maneira de ficar num pedaço qualquer para partir incompleto, ficado em meio para trás. Não olhava, pois, e, pois não ficava. Completo, partiu."

"Penso, com mágoa, que o relacionamento da gente sempre foi um tanto unilateral, sei lá, não quero ser injusto nem nada - apenas me ferem muito esses teus silêncios."


"O que tem me mantido vivo hoje é a ilusão ou a esperança dessa coisa, "esse lugar confuso", o Amor um dia. E de repente te proíbem isso. Eu tenho me sentido muito mal vendo minha capacidade de amar sendo destroçada, proibida, impedida…"

"Para mim, atualmente, companheirismo e lealdade são meio sinônimos de felicidade. Meus amigos são muito fortes e muito profundos, são amigos de fé, para quem eu posso telefonar às cinco da manhã e dizer: olha, estou querendo me matar, o que eu faço? Eles me dão liberdade para isso, não tenho relações rápidas, quer dizer, tenho porque todo mundo tem, mas procuro sempre aprofundar. E isso é felicidade, você poder contar com os outros, se sentir cuidado, protegido. Dei esse exemplo meio barra pesada de me matar....esquece, posso ligar para ver o nascer do sol no Ibirapuera às cinco da manhã. Já fiz isso, inclusive."

"Menos pela cicatriz deixada, uma feridantiga mede-se mais exatamente pela dor que provocou, e para sempre perdeu-se no momento em que cessou de doer, embora lateje louca nos dias de chuva."

"... Não compreendo como querer o outro possa tornar-se mais forte do que querer a si próprio. Não compreendo como querer o outro possa pintar como saída de nossa solidão fatal. Mentira: compreendo, sim. Mesmo consciente de que nasci sozinho do útero de minha mãe, berrando de pavor para o mundo insano, e que embarcarei sozinho num caixão rumo a sei lá o quê, além do pó. O que ou quem cruzo esses dois portos gelados da solidão é vera viagem: véu de maya, ilusão, passatempo. E exigimos o eterno do perecível, loucos."

"Fico tão cansada às vezes, e digo pra mim mesma que está errado, que não é assim, que não é este o tempo, que não é este o lugar, que não é esta a vida. E fumo, e fico horas sem pensar absolutamente nada: (...)
Claro, é preciso julgar a si próprio com o máximo de rigidez, mas não sei se você concorda, as coisas por natureza já são tão duras para mim que não me acho no direito de endurecê-las ainda mais."

"Mergulho no cheiro que não defino, você me embala dentro dos seus braços, você cobre com a boca meus ouvidos entupidos de buzinas, versos interrompidos, escapamentos abertos, tilintar de telefones, máquinas de escrever, ruídos eletrônicos, britadeiras de concreto, e você me beija e você me aperta e você me leva pra Creta, Mikonos, Rodes, Patmos, Delos, e você me aquieta repetindo que está tudo bem, tudo bem…"

"...sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor, pois se eu me comovia vendo você, pois se eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo, meu Deus, como você me doía de vez em quando. Eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno bem no meio duma praça, então os meus braços não vão ser suficientes pra abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta mas tanta coisa, que eu vou ficar calada um tempo enorme só olhando você sem dizer nada, só olhando e pensando meu Deus como você me dói de vez em quando…"


"... tenho uma coisa apertada aqui no meu peito, um sufoco, uma sede, um peso, não me venha com essas história de atraiçoamos-todos-os-nossos-ideais, nunca tive porra de ideal nenhum, só queria era salvar a minha, veja só que coisa mais individualista elitista, capitalista, só queria ser feliz, cara!"

"Só não saberás nunca que neste exato momento tens a beleza insuportável da coisa inteiramente viva. Como um trapezista que só repara na ausência da rede após o salto lançado, acendes o abajur do canto da sala depois de apagar a luz mais forte. E começas a falar..."

"Seria tão bom se pudéssemos nos relacionar sem que nenhum dos dois esperasse absolutamente nada, mas infelizmente nós, a gente, as pessoas, têm, temos – emoções"


"Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu."

"Só quero ir indo junto com as coisas, ir sendo junto com elas, ao mesmo tempo, até um lugar que não sei onde fica, e que você até pode chamar de morte, mas eu chamo apenas de porto."

"Chegue bem perto de mim. Me olhe , me toque, me diga qualquer coisa. Ou não diga nada, mas chegue mais perto. Não seja idiota, não deixe isso se perder, virar poeira, virar nada…"

"E recomeçar é doloroso. Faz-se necessário investigar novas verdades, adequar novos valores e conceitos. Não cabe reconstruir duas vezes a mesma vida numa só existência. É por isso que me esquivo e deslizo por entre as chamas do pequeno fogo, porque elas queimam - e queimar também destrói."


"Andei pensando coisas. O que é raro, dirão os irônicos. Ou "o que foi?" - perguntariam os complacentes. Para estes últimos, quem sabe, escrevo. E repito: andei pensando coisas sobre amor, essa palavra sagrada. O que mais me deteve, do que pensei, era assim: a perda do amor é igual à perda da morte. Só que dói mais. Quando morre alguém que você ama, você se dói inteiro(a)- mas a morte é inevitável, portanto normal. Quando você perde alguém que você ama, e esse amor - essa pessoa - continua vivo(a), há então uma morte anormal."

"...você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeitado, assim como se você fosse apenas uma semente e eu plantasse você esperando ver uma plantinha qualquer, pequena, rala, uma avenca, talvez samambaia, no máximo uma roseira, é, não estou sendo agressivo não, esperava de você apenas coisas assim, avenca, samambaia, roseira, mas nunca, em nenhum momento essa coisa enorme que me obrigou a abrir todas as janelas, e depois as portas, e pouco a pouco derrubar todas as paredes e arrancar o telhado para que você crescesse livremente."

"Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais -por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia –qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê.
Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido."

"Que coisas são essas que me dizes sem dizer, escondidas atrás do que realmente quer dizer?
Tenho me confundido na tentativa de te decifrar, todos os dias.
Mas confuso, perdido, sozinho, minha única certeza é
que de cada vez aumenta ainda mais minha necessidade de ti.
Torna-se desesperada, urgente. Eu já não sei o que faço.
Não sinto nenhuma alegria além de ti. Como pude cair assim nesse fundo poço? Quando foi que me desequilibrei? Não quero me afogar: Quero beber tua água.
Não te negues, minha sede é clara."

"Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso ás vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como 'estou contente outra vez'."

"Você vai me abandonar e eu nada posso fazer para impedir. Você é meu único laço, cordão umbilical, ponte entre o aqui de dentro e o lá de fora. Te vejo perdendo-se todos os dias entre essas coisas vivas onde não estou. Tenho medo de, dia após dia, cada vez mais não estar no que você vê. E tanto tempo terá passado, depois, que tudo se tornará cotidiano e a minha ausência não terá nenhuma importância. Serei apenas memória, alívio, enquanto agora sou uma planta carnívora exigindo a cada dia uma gota de sangue para manter-se viva. Você rasga devagar o seu pulso com as unhas para que eu possa beber. Mas um dia será demasiado esforço, excessiva dor, e você esquecerá como se esquece um compromisso sem muita importância. Uma fruta mordida apodrecendo em silêncio no quarto."

"Então me vens e me chega e me invades e me tomas e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos e abres a boca para libertar novas histórias e outra vez me completo assim, sem urgências, e me concentro inteiro nas coisas que me contas, e assim calado, e assim submisso, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com lenta delicadeza, deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar além dessa máscara colorida, que me queres assim porque assim que és…"

"Acho que sou bastante forte para sair de todas as situações em que entrei, embora tenha sido suficientemente fraco para entrar."

"Será que, à medida que você vai vivendo, andando, viajando, vai ficando cada vez mais estrangeiro? Deve haver um porto."

"Ando meio fatigado de procuras inúteis e sedes afetivas insaciáveis."

"Mas sempre me pergunto por que, raios, a gente tem que partir. Voltar, depois, quase impossível."

"A gente se apertou um contra o outro. A gente queria ficar apertado assim porque nos completávamos desse jeito, o corpo de um sendo a metade perdida do corpo do outro."

"Importante é a luz, mesmo quando consome. A cinza é mais digna que a matéria intacta".

"Tudo já passou e minha vida não passa de um ontem não resolvido"

"Teu único apoio será a mão estendida que, passo a passo, raciocinas com penosa lucidez, através de cada palavra estarás quem sabe afastando pra sempre."

"Continuo a pensar que quando tudo parece sem saída, sempre se pode cantar. Por essa razão escrevo."

"Tenho uma vontade besta de voltar, às vezes. Mas é uma vontade semelhante à de não ter crescido"

"Venha quando quiser, ligue, chame, escreva - tem espaço na casa e no coração, só não se perca de mim"

"Não é verdade que as pessoas se repitam. O que se repetem são as situações"

"Mudei muito, e não preciso que acreditem na minha mudança para que eu tenha mudado"

"...depois de todas as tempestades e naufrágios o que fica de mim e em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro"

"Penso: quando você não tem amor, você ainda tem as estradas."

"Não se preocupe, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais auto destrutiva do que insistir sem fé nenhuma? Ah, passa devagar a tua mão na minha cabeça, toca meu coração com teus dedos frios, eu tive tanto amor um dia."


Todas do Caio Fernando de Abreu
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Post dedicado a uma pessoa, que pretendo viciar nesse autor e que tem várias semelhanças comigo, além de fazermos aniversário no mesmo dia ^.^


Ouvindo: Nada DDDDDDDDDD: minha caxinha de som morreu.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Não podia faltar!



"Apaguei tudo que não gostava em mim. Nada pode me ferir. Eu me sinto completamente invencível. Eu sinto como se fossemos capazes de qualquer coisa. Não há nenhuma parada que não encaramos"


Gerard Way.

Inteira

perdoa
por ser falso
ante toda tua verdade;
quase alheio
à tua doce presença;
por ser o teu exclusivo,
tu que nunca és minha primeira
perdoa..
por sempre voltar aos cacos,
a ti..
que somente vens inteira


Autor: Andre L. Soares

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Particulamente, eu acho esse poema lindo, não sei exatamente o porque mas ele tem algo que me toca. *-*



Ouvindo: Onde estiver (acústica) - Gloria

Apenas frases...

"Cheguei à humildade máxima que um ser humano pode atingir: confessar a outro ser humano que precisa dele para existir."

"Talvez as coisas comigo fossem muito chatas, muito arrumadas."

"Olha, eu sei que...o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar de remar também!"

"A vida não é apagável, pensei. Nem volta atrás. Ainda não construíram a máquina do tempo. Ninguém virá em meu socorro. Faz tanto tempo que invento meus próprios dias. Preciso começar por algum ponto.
Fiquei repetindo em voz alta essas coisas inúteis, óbvias, lamentativas."

"Devo, entretanto, avisar que não pretendo te esquecer nem deixar você em paz. Pode correr; pode fugir; que vou em busca de você, onde estiver."

"O NUNCA MAIS de não ter quem se ama torna-se tão irremediável quanto não ter NUNCA MAIS de se ter quem morreu. E dói mais fundo - porque se poderia ter, já que está vivo(a), mas não se tem, nem se terá, quando o fim do amor é: NEVER."

"Tornarei sempre a voltar porque preciso desse osso, dos farelos que me têm alimentado ao longo deste tempo, e choro sempre quando os dias terminam porque sei que não nos procuraremos pelas noites, quando o meu perigo aumenta."

"Porque é tão mais fácil aturar a vida sabendo que tem você.
Agora sem meu amigo, a coisa é feia. Realmente feia."

"Vontade de encostar a cabeça no ombro de alguém que contasse baixinho uma história qualquer."

"Bem isto não é culpa sua
Mas se eu estou sem você
Eu vou me sentir tão pequeno
E se você tem que ir
Sempre saiba que você brilha mais
Que qualquer outra pessoa"

"Fico vivendo uma vida toda pra dentro, lendo, escrevendo, ouvindo música o tempo todo.."

"Meu coração tá ferido de amar errado"

"Nos dedos devagar sobre o telefone mudo. Estava frio. Já
não havia sonoridades vivas fugindo pelos furinhos do fone para
aquecer e colorir o quarto. Todo o resto ia-se embora com a outra voz, o
mundo inteiro que habitava dentro dele."

"Eu preciso muito, muito de você. Eu quero muito, muito você aqui de vez em quando nem que seja, muito de vez em quando. Você nem precisa trazer maçãs, nem perguntar se estou melhor. Você não precisa trazer nada, só você mesmo. Você nem precisa dizer alguma coisa no telefone. Basta ligar e eu fico ouvindo o seu silêncio. Juro como não peço mais que o seu silêncio do outro lado da linha ou do outro lado da porta ou do outro lado do muro. Mas eu preciso muito, muito de você."


Todas do autor: Caio Fernando Abreu.
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Particularmente, eu nunca tive a oportunidade de ler nenhum dos livros dele, mas adoraria, as frases vi em algumas comunidades pelo orkut.


Ouvindo: Dear God - Avenged Sevenfold

Caminhos...

Seu perfume de fêmea
Seu cheiro exalado...
Me deixa amimado...
Me faz excitar...
Chego sem perceber...
Em sua pele macia...
Meu desejo crescendo...
Querendo lhe amar...
Meu dedilhar safado...
Com o corpo suado...
Não pode esperar...
Tem idéias tamanhas...
Procurando em entranhas...
Meu desejo acalmar...
Segredado e doce amor meu...
Deixe que lhe ame...
Como nunca antes foi amada...
Aceite com igual volúpia meus carinhos...
Me enlouqueça com seus beijos...
Dirija em você os meus caminhos...
Obedecerei a seu comando...
Como escravo dominado...
Inconsciente dos atos comandados...
Desejos saciados de um amor infinito...
Antigo, imenso e bendito...
Que o tempo não levou...
Só amando e sendo amado...
Tem valor minha vida inquieta...
Sublimado com ele...
Minhas esperanças em alma de poeta...

Autor desconhecido.


Ouvindo: A modern myth - 30 Seconds to Mars