sábado, 27 de fevereiro de 2010

Blue and Yellow

Título: Blue and Yellow
Autora: Priscila Magalhães
Ship: Gert
Fandom: My Chemical / The Used
Gênero: Romance, ando dramática demais
Censura: PG-13
Terminada: não
Capítulos: Sem capítulos
Beta-reader: Priscila Magalhães
Teaser: “É, fazem exatamente 2 anos. Dois longos e dolorosos anos desde que ele se foi sem ao menos olhar pra trás me deixando aqui. Sem ao menos uma carta ou alguma lembrança, somente as memórias em minha mente, que deveriam ter sido apagadas, mas ainda estão vivas demais. E dói. Como dói me lembrar do seu último olhar sem dizer adeus. “

Disclaimer: Não, os personagens não me pertencem, mas a história contada aqui pertence a minha fértil imaginação. Mas sim, eu acredito no romance entre eles (R)³






Bert’s POV

Não pensei que fosse doer tanto fazer isso. Mas hoje eu fico pensando se realmente fiz o que era o certo, fico imaginando se ele sofreu com a minha partida ou se ele simplesmente seguiu o caminho dele com a “prometida“. Não queria que as coisas terminassem desse jeito, eu seguindo meu caminho longe dele, mas eu fui completamente forçado a isso.

[/flashback]
- Não consigo me lembrar dessa brincadeira, Bert!
- Ah Gee, não acredito, era sua preferida. Eu sei que passamos anos sem nos ver, mas não pode ser tão fácil assim esquecer o que mais se gostava na infância.
Os risos ecoavam pela sala dos Way toda vez que os dois resolviam se reunir após as aulas.


Era difícil demais pra eu ter esses flashes de memória.
Nós éramos duas crianças quando nos conhecemos. Com nove anos eu me mudei para a vizinhança onde ele já residia e não sei porque diabos ele foi o único que resolveu se aproximar de mim. Cidade pequena é uma merda, é. Hoje, posso dizer que amaldiçôo com todas as forças que tenho o dia que meus pais resolveram se mudar para aquele lugarzinho medíocre!
É eu sei que passamos pouco mais de 2 anos juntos. Logo depois de completar meus onze anos meu pai resolveu se mudar novamente e carregar a mim e a minha pobre mãe.
E foi assim, que eu me separei da única pessoa que realmente significou algo na minha vida.


Gerard’s POV

É, fazem exatamente 2 anos. Dois longos e dolorosos anos desde que ele se foi sem ao menos olhar pra trás me deixando aqui. Sem ao menos uma carta ou alguma lembrança, somente as memórias em minha mente, que deveriam ter sido apagadas, mas ainda estão vivas demais. E dói. Como dói me lembrar do seu último olhar sem dizer adeus.

Ainda me lembro de quando nos conhecemos e ele era apenas um molequinho novo na minha vizinhança. Magrelo com os cabelos escorridos e cumpridos caindo nos olhos, estranho pra quem não o conhecia, mas comigo era diferente. Mesmo com pouca idade, eu o conhecia como ninguém. Ficamos amigos assim, da noite pro dia e a tendência disso, nós sabíamos, era o sentimento crescer com o passar dos anos.

Estudamos no mesmo colégio durante dois anos, quando o pai dele resolveu se mudar novamente. Confesso que não estava nem um pouco preparado psicologicamente pra isso, não esperava de acontecer tão cedo. Apenas dois anos de convivência, dois maravilhosos anos, e eu podia dizer que ele era meu melhor amigo. Alias muito mais que um amigo.

[/flashback]
- Bom você é novo por aqui, provavelmente eu tenha que te apresentar tudo então.
- Se você não quiser, não precisa. Poucos são os que chegam perto de mim mesmo. Já estou acostumado. - E se virou.
- Ah Bert, qual é?! - Corri até ele. - Não vou te abandonar, você sabe disso. Então eu fiz um cafuné na sua cabeça e fomos andando lado a lado para a sala de aula.
- Obrigado Gee!
- Pelo o que?
- Por você ser meu melhor amigo.

Bert’s POV

Sete anos se passaram sem o Gee. Cara, não sei como eu agüentei. Foi duro, foi duro demais ter que partir e deixar a única pessoa que significava algo nessa minha vidinha mais ou menos pra trás. Eu não tive nem tempo de me despedir. Foi confuso demais acordar no meio da noite com meu pai querendo sair de lá. Viciado de merda.

Quando completei dezoito anos sai de casa gritando que já não agüentava mais. Minha mãe havia deixado meu pai quando eu completei meus dezesseis, desde então éramos só eu ele. Mas eu do que ele, já que ele ficava por aí nos cantos se drogando o tempo todo. Não agüentava mais a solidão, resolvi voltar para os braços do único que me acolheu um dia. Gerard Way. O meu Gee.




[/flashback]

Andando e chorando eu procurava desesperadamente pelo meu celular na mochila. Sabia que ainda tinha o número dele gravado e não custava nada tentar falar com ele.
“ Merda! Por que tudo some quando a gente sempre precisa?! “ Eu pensei enquanto mexia na mochila.
- Alô! Gee? Sou eu, Bert!
Acho que o estado de choque dele deve ter sido grande, porque ele ficou exatos 3 minutos sem me responder.
- Cara, você ta aí? Gee? Gerard ?!
- Eu... Eu to aqui... Só estou... Meu Deus! Não acredito que é você! Você não pode imaginar como eu fiquei esses anos todos te procurando que nem um doido, seu idiota! Se tinha meu telefone por que você nunca me ligou?! Estúpido, babaca! Mas.. que voz é essa? O que você tem? Alguém te fez algo? Se alguém fez me avisa porque eu vou bater no filho da p...
- Calma, calma! – Finalmente consegui falar e ele nem terminou a frase – Eu só to saindo de casa mais nada! To cansado, então resolvi te ligar pra saber se... Bom, se tem problema eu passar a noite aí, tem? Se tiver eu tenho uma grana aqui que peguei do meu pai antes de sair...
- Você sabe que não tem problema, Bert, seu idiota! Vem logo pra cá.
Imagino a surpresa quando ele ouviu a campainha tocar em menos de 5 segundos.

Gerard’s POV

“Sete anos depois e ele aparece desse jeito! Ele quer me matar do coração!” Foi o que eu pensei antes de abrir a porta e olhar para aquela figura parada na minha frente. A vontade súbita que meu deu foi de abraçá-lo e nunca mais soltar, mas minha família estava toda na sala, atrás de mim. Até meus pais se preocuparam com o telefonema repentino dele. Mas o que importa?! Ele estava de volta, de volta pros meus braços e eu nunca o deixaria partir de novo.. A não ser... MERDA! Decidi que não ia dizer nada por enquanto, queria aproveitar ele ali, comigo, me abraçando.



Bert’s POV

Quando eu voltei e eles me acolheram, ele me olhou tão dócil, tão carinhoso que eu senti vontade de abraçá-lo. Então eu larguei minha mochila e corri pros seus braços, aqueles braços que eu senti tanta falta. Os únicos que faziam todos os meus problemas irem embora.


[/flashback]

Lembro como se tivesse sido ontem nossa primeira tarde juntos. A chuva caia, cruel lá fora e as gotas batiam furiosas na janela do meu quarto. Quando chegamos do colégio ele foi me fazer companhia, dizendo que eu ficava muito tempo sozinho naquele lugar horrível, era assim que ele descrevia o lugar que eu consegui alugar pra não ter que incomodar os pais dele. Estava me trocando quando ouvi os barulhos na porta e fui ver quem era. Ele estava ensopado.
- Puta merda! Você podia pegar uma pneumonia desse jeito! Vem aqui. – E o abracei, ele estava gelado e tremendo.
- O-o-obrigado! E-e-eu esto-o-u-u mo-o-orren-n-ndo de fr-i-i-o! - E ele se agarrou mais ainda a mim.
Nessa hora eu senti um impulso incontrolável subir pela minha espinha, me arrepiei. Um calor muito grande aquecia meu corpo agora e eu sei que ele também sentiu, pois ele parou e ficou me fitando durante alguns segundos. E foi exatamente nesse tempo que eu não consegui parar pra pensar e segurei seu rosto com as minhas mãos quentes e encostei meus lábios quentes nos dele, gelados por causa da água da chuva. E senti nossos corações batendo juntos enquanto nossas línguas envolviam uma a outra. Os movimentos foram ficando mais fortes a cada segundo que passava eu sabia que ele também queria. Foi quando em dei conta que estávamos andando em direção a minha cama e com uma rapidez inacreditável eu o virei e o joguei. Nossos corpos estavam tão unidos que parecíamos um só e, à medida que ele descia a mão dele, os arrepios ficavam mais intensos, tão intensos que eu pressionava mais ainda meu corpo contra o dele. Eu pude sentir nossos membros encostando e a sensação disso era tão boa. Os movimentos ficavam mais e mais intensos e ele desceu sua mão até meu membro, me fazendo estremecer dos pés à cabeça, tocando o mesmo apenas com a ponta dos dedos no começo. Logo sua mão se fechou nele, o apertando, pressionando freneticamente como se o desejasse acima de tudo. Eu ofeguei, mordi meus lábios tentando evitar meus gemidos.

Minhas mãos, trêmulas devido à tamanha excitação que eu sentia, subiram sua blusa, a tirando de uma forma afobada, louco para deslizar meus lábios por seu peitoral, morder cada parte daquele corpo. Mordi seu peitoral, sugando a sua pele em seguida enquanto as ágeis mãos de Gerard livravam meu membro, que já estava completamente formado, da calça. Gemi aliviado ao que senti suas mãos descendo a minha calça juntamente da boxer preta que vestia. Agarrei a sua cintura fortemente com uma das mãos e assim fiz o mesmo em sua calça, a abrindo e tentando abaixá-la desesperadamente, louco para tê-lo para mim de uma vez. Gerard me ajudou, puxando a própria calça e a sua cueca junto, que logo foram parar no chão. Tomei seus lábios novamente, os sugando com vontade e sem aviso, o virei de bruços contra a cama, afastando meu quadril do dele. Não precisei dizer nada para Gee apoiar seus joelhos sobre a cama e as mãos logo em seguida. Minhas mãos apertaram-lhe as nádegas enquanto eu ficava de joelhos em sua frente, logo as separando enquanto dava beijos por toda a extensão de suas costas. E sem aviso nenhum, sem ao menos lubrificá-lo, eu o penetrei lentamente, escutando os gemidos manhosos de Gerard, que invés de reclamar de dor, pedia por mais. E assim eu tirei meu membro de dentro dele de uma vez, o penetrando da forma mais rápida e com toda força que eu tinha. Fechei meus olhos, deixando vários gemidos escaparem enquanto começava a dar fortes estocadas dentro do seu interior, descontando todo o prazer que sentia.

Gerard’s POV

É, ele voltou e tudo voltou ao normal. Mas eu tinha um segredo, talvez o único que eu tivesse com ele. Tinha medo, muito medo de como ele iria ficar quando soubesse. Ou melhor, quando descobrisse. Claro! Eu não ia contar se pudesse esconder e evitar o sofrimento. Mas ai um dia...

Flashback
- Bert, calma! Calma cara! Não quero que você faça nenhuma besteira por causa disso. – Eu dizia nervoso, acompanhando seus passos de um lado para o outro, enquanto via ele empurrar e jogando tudo que via a sua frente.
- Noivo, Gerard!? Noivo?! Por que você nunca me contou nada?! Porque me escondeu isso durante tanto tempo?!
- Pensei que você nunca mais fosse voltar, pensei que tivesse ido pra sempre! Então eu decidi simplesmente aceitar que viveria minha vida sem você, foi quando esse noivado doido apareceu!
- Você podia ter me dito, só assim eu pouparia o trabalho de voltar aqui por sua causa.
E ele bateu a porta, me deixando as lágrimas, sentado no velho carpete encardido da sala do seu pequeno apartamento.

Acho que foi o pior dia da semana, não. Foi o pior dia da minha vida. Ser deixado pra trás, como se nada do que passamos tivesse significado algum pra ele e eu simplismente fizesse parte de um passado que ele não queria reviver. Pude ver a raiva e a tristeza daquele mesmo menino que chegou aqui na vizinhança voltar aos seus olhos.

Bert’s POV
É, já faz um tempo que não falo com o Gerard. Deveria ter sido um pouco mais sutil quando eu sai e deixei ele e todo aquele passado estúpido pra trás. Não, não quero lembrar de mais nada. Mas aí a droga do convite chegou, eu ainda não acredito que ele me mandou aquilo, como se ele já não me conhecesse o suficiente pra saber que eu não iria a lugar nenhum. Foi aí que eu me surpreendi com a minha atitude e no dia marcado eu estava na porta com a chave na mão, trancando a casa e saindo pra pegar o trem.

Não havia decoração na igreja, pelo jeito nem um público grande, deveriam ser apenas parentes próximos e amigos íntimos, pois quando cheguei na porta , não havia aquele estardalhaço costumeiro de todo casamento de cidade pequena. Aonde a população inteira vem desejar uma vida longa e feliz aos recém casados, que estão prestes a sair para a cidade grande e tentar uma vidinha melhor. Medíocre, mas tudo bem.
Fiquei com muito medo de entrar na igreja e ver aquela mulher que tinha roubado o amor da minha vida, olhar o rosto dela e ter que concordar com todos que era linda, graciosa e simpática. O plano? O plano era entrar na igreja assim que o padre perguntasse se havia alguém contra o casamento e declarar todo o meu amor por ele, e nós fugiríamos para um lugar bem distante e casaríamos e viveríamos felizes pra sempre. O que eu to falando?!

“- E agora se tiver alguém aqui presente, que seja contra esse casamento, fale agora ou cale-se para sempre.” Eu tremi, meu corpo começou a ficar quente e eu fiquei desorientado. Quando por um impulso eu entrei na igreja de cabeça baixa e a levantei em direção ao altar, gritando para que o padre parasse o casamento, vi a cabeça de Gerard se virar para o meu rosto e que lágrimas escorriam dos seus olhos, mas no mesmo instante um sorriso radiante e feliz surgiu no rosto dele, como os raios de sol em toda manhã de verão, aquilo me encantou como se fosse a primeira vez, e ele veio com os braços abertos em minha direção. E eu sabia que ele me amava como sempre amou e que iríamos ser felizes como havíamos prometido um ao outro. Quando tomei coragem para olhar na direção do altar, uma onda de choque invadiu meu coração....

- Frank!?

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Linda, linda, linda *-* Tá, a fanfic tem temática homossexual, mas não me importo, My Chem. pra mim sempre vai ser a melhor banda, com os melhores integrantes! *-*

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