sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Todo caminho que eu sigo me leva até você

Lembro-me talvez com certo receio causado pela saudade que sinto. Dos seus dentes amarelados – já pelos incontáveis anos de fumo – por baixo da saliva, que reluziam em seu sorriso.
Daquelas duas bolas de gude castanho-esverdeadas que me fitavam com tal intensidade quando teus olhos encontravam-se com os meus. Das erupções que cobriam o seu rosto de tal forma a esconder o amigo que estava ali.
Das mãos calejadas pela arte que produzia um certo som – quase mágico, que me fazia enlouquecer ao trocar de nota – e me tocavam de uma maneira quase desesperada, passando por lugares antes inexplorados. 
Não tinha um corpo que o fizesse desejado por corpos alheios, mas o seu magnetismo, essa força que você exerce sobre mim, me fazendo entrar do seu mundo enquanto desejava apenas que você entrasse no meu.

"But I won't let this build up inside of me"

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