quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Apenas você


O mundo é inseguro e tão terrível, com tanto ódio e mágoa, tanta maldade em torno de nossos olhos inocentes, tanto medo e dor. O que me salva, principalmente, são os sonhos, são as fugas, são as lembranças, são seus olhos e seu sorriso. Pois não consigo me lembrar de nada que tenha feito-me tão bem em todo esse tempo, ninguém com quem eu estive tão feliz quanto fui nos momentos que passei segurando sua mão e sentindo seu perfume. 
Você é a melhor e mais linda pessoa que já conheci, porque você é única e a mais especial. O que me salva é saber que você está aqui, é saber que você não recusaria minha companhia se eu soubesse que os dias estão acabando; Porque não há outra pessoa com quem eu desejo fugir desse horror, com quem sonho passar minhas últimas horas... Apenas você.


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Eu te amo muito meu amor s2

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

#Confissões - 1 ano atrás...

Sinceramente, não estou aqui para escrever sobre o cara que foi um dos bateristas mais fodas que eu conheci - embora seja verdade - muito menos do que você representava para a banda, por que só eles são capazes de sentir isso, mas para escrever para você que sempre significou muito na vida dos seus fãs.
Eu gostaria, de verdade, saber expressar em palavras tudo que me vem a cabeça quando vejo as fotos em que você aparece sorrindo, traz paz e não é só pra mim. Acho que a nossa banda não seria a mesma que é hoje, sem você. Até mesmo porque foi você que os ajudou e incentivou a continuar. Crescer junto nunca foi uma tarefa fácil, mas o seu sorriso sempre mostrou que tudo estava bem. Eu posso até parecer uma louca escrevendo para/sobre um cara o qual eu nunca tive contato algum... Mas pra quem é fã, vocês sempre estiveram muito mais perto.
Não consigo mais ver os dvd's com shows e etc, qualquer vídeo que te traga a lembrança, dói. E dói como se tudo tivesse acontecido ontem. Tivemos muito tempo pra mastigar e engolir toda a dor, mas ela insiste em voltar, junto com esse fantasma feito de inconformação que nos persegue. Se esse Deus é tão bom, por que ele insistiu em levar você com ele, Jimmy?  Justo você que ainda tinha uma vida inteira pela frente...
A dor de um fã pode não ser maior que a dor de uma mãe, de uma esposa, de irmãos e amigos que são como irmãos, mas tenha a certeza que a dor que cada um de nós carrega até hoje por ser tão inutilmente impotente diante disso é imensa, é maior do que muita coisa que se possa imaginar.



Prefiro imaginar que está tudo bem, que você está em um lugar em que você possa sorrir e correr atrás dos patos...  Me lembro de uma frase que dizia mais ou menos o seguinte: é maior a saudade daquilo que nunca se teve. We miss you, Jimmy s2 

Tribute To Jimmy Sullivan From A7x Team Brazil Official Fan Club 

                                                       Rest In Peace, Jimmy ;/

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

#Confissões - Sem um passado


Antes eu ficava uma vida toda a espera de uma ligação, uma ligação que nunca acontecia. Hoje eu não preciso esperar mais nada, pois eu tenho você.

Nesse momento, tudo que eu mais preciso era de um abraço seu, na verdade acho que é a unica coisa da qual eu preciso o resto da vida e não, isso não é um exagero. É incrível como o coração tem a capacidade de se renovar e gostar de alguém novamente, como se nunca tivesse feito isso antes. Respirar e dizer que é por alguém, como se fosse o ar que entra pela primeira vez no pulmão de uma criança após o parto. Chorar e se estilhaçar por causa de um ciúme bobo mas se recompor só porque ganhou um sorriso...
Aliás, obrigada, muito obrigada por fazer isso por mim. Obrigada por estar do meu lado e se sentir bem por isso. Obrigada por me fazer acreditar que eu pudesse vir a ser feliz denovo, acreditar e ser!

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Me perguntei, se deveria escrever algo para você, na dúvida, isso é o que melhor eu sei fazer.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Cobrar Cobrar Cobrar

A vida e as pessoas hoje em dia andam muito dependentes umas das outras - eu também sou assim, confesso - mas afinal, pra que tudo isso? Você sempre corre o risco de se decepcionar. Você nunca sabe como a outra pessoa vai reagir. Você sempre pode poder tudo em um segundo. Você sempre tem outras escolhas. Você - assim como eu - sabe que nunca irão cumprir as promessas, então por que você insiste em acreditar nessa porra toda?

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Anotações insensatas



Uma pessoa não é um doce que você enjoa, empurra o prato, não quero mais.

Extremos da paixão


A perda do amor é igual à perda da morte. Só que dói mais. Quando morre alguém que você ama, você se dói inteiro mas a morte é inevitável, portanto normal. Quando você perde alguém que você ama, e esse amor - essa pessoa - continua vivo, há então uma morte anormal. O nunca mais de não ter quem se ama torna-se tão irremediável quanto não ter nunca mais  quem morreu. E dói mais fundo - porque se poderia ter, já que está vivo. Mas não se tem, nem se terá, quando o fim do amor é: never.

Caio F. (Extremos da Paixão. In: Pequenas Epifanias)

Natureza viva


Por um momento desejarás então acender a luz, dar uma gargalhada ridícula, acabar de vez com tudo isso, fácil fingir que tudo estaria bem, que nunca houve emoções, que não desejas tocá-lo, que o aceitas assim latejando amigo beloremoto, completamente independete de tua vontade e de todos esses teus informulados sentimentos.

Caio F.  (Natureza Viva. In: Morangos Mofados)

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Meu livro do Caio F. que nunca chegava, quando veio, estava todo manchado, hoje, mais de um mês depois, desisto, comprarei pela internet mesmo >.<

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Um talvez que se tornou possível


Olhe no fundo dos meus olhos. Perceba a falta de ar que você me provoca. Sinta o suor nas minhas mãos e meu nervosismo só de te olhar. Esse mundo já me fez sentir tanta solidão, mas esse mundo me trouxe você que fez tudo isso passar. Você é meu chão. Não solte a minha mão. Vai doer se você soltar. Você é o único motivo dos meus sorrisos em dias de chuva, onde a melancolia predomina. Permaneça ao meu lado. Para sempre. Me faça crer que tudo será além do que eu posso imaginar. Me dê razões para respirar. Me ame. Acredite em tudo que eu sempre lhe digo. Perceba a minha verdade. Quero ter você ao meu lado até a última folha do outono cair. Até a última flor da primavera nascer. Até o último ar fresco do inverno soprar. Até o verão acabar. Sempre! Quando te abraço esqueço do resto do mundo.
Você é meu mundo.  s2

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Tão desejada és, férias, tanto quanto és cruel.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Through Glass

 
I'm looking at you through the glass
Don't know how much time has passed
Oh God it feels like forever
But no one ever tells you that forever
Feels like home, sitting all alone inside your head

How do you feel? That is the question
But I forget... you don't expect an easy answer
When something like a soul becomes
Initialized and folded up like paper dolls and little notes
You cant expect to bitter folks
And while you're outside looking in
Describing what you see
Remember what you're staring at is me

Cause I'm looking at you through the glass
Don't know how much time has passed
All I know is that it feels like forever
When no one ever tells you that forever
Feels like home, sitting all alone inside your head

How much is real? So much to question
An epidemic of the mannequins
Contaminating everything
When thought came from the heart
It never did right from the start
Just listen to the noises
(Null and void instead of voices)
Before you tell yourself
It's just a different scene
Remember it's just different from what you've seen

I'm looking at you through the glass
Don't know how much time has passed
And all I know is that it feels like forever
When no one ever tells you that forever
Feels like home, sitting all alone inside your head

Cause I'm looking at you through the glass
Don't know how much time has passed
All I know is that it feels like forever
When no one ever tells you that forever
Feels like home, sitting all alone inside your head

And it's the staaars
The staaaaaaars
That shine for you
And it's the staaaaars
The staaaaaars
That lie to you... yeah-ah

I'm looking at you through the glass
Don't know how much time has passed
Oh God it feels like forever
But no one ever tells you that forever
Feels like home, sitting all alone inside your head

Cause I'm looking at you through the glass
Don't know how much time has passed
All I know is that it feels like forever
But no one ever tells you that forever
Feels like home, sitting all alone inside your head

And it's the staaaars
The staaaaars
That shine for you.. yeah-ah
And it's the staaaaars
The staaaaaaars
That lie to you... yeah-ah

And it's the staaaaars
The staaaaaars
That shine for you... yeah-ah
And it's the staaaars
The staaaaarsss
That lie to you... yeah-ah yeah

Ohhhoh when the starrs
Ohhh oh when the starrrrs that liieee
 
 
Through Glass - Stone Sour *-*

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

#Confissões - O início depois do fim

Sabe, as vezes é tão estranho pensar em recomeçar...  Recomeçar algo o qual eu nunca terminei realmente. Algo de que eu me lembro todos os dias. Algo que ainda não consegui entender. Um sorriso, um trident, um jeito, uma música, um perfume, um olhar... qualquer uma dessas coisas fúteis que com certeza fazem outras milhares de pessoas recordar um amor passado, também me fazem lembrar de você.
Hoje, tenho repulsa por promessas - você sabe, nunca me dei bem com isso - não costumo cumpri-las, muito menos permanecer fiel a algo; Acabei acreditando que todo ser humano nasce igual a mim, sem gostá-las, ou porque um dia, eles mesmos prometeram e não cumpriram ou porque já estão cansados de ouvi-las, mas nunca vê-las se tornando reais... fico com a segunda opção - a qual me parece mais tentadora.

- Contínua.

Eu vezes eu


Certa vez, disseram que sou uma garota especial, e que todos os meus sonhos cruzariam a linha do meu destino. O problema é que eu não acredito nessas coisas, eu acredito nas atitudes e na falta delas. Chega de palavras clichês que descreverem sentimentos idênticos.
Efêmero, intuitivo e explícito.
Depois que descobri o fim da eternidade, criei uma máquina do tempo imaginária. E eu volto toda vez que sinto falta.  Qual é coração?  Essa é a verdade, nós sabemos que você não precisa disso. E se eu fingir? Eu posso.
E se eu arriscar? E se for loucura? Uma hora, sobra pedaços de tanto faltar.
A cor da minha unha não diz nada sobre mim. Eu me irrito fácil. Não tenho paciência para devaneios forjados, sinto vontade de vomitar toda vez que fingem tolice para se tornarem o centro do mundo – dos idiotas?
Vivo entre um amor e outro. Entre borboletas e morcegos, e pequenos vácuos.  Com a incerteza de saber, que às vezes ainda me esqueço pra esquecer alguém. Tudo culpa dessa minha mania de achar que posso enxergar sentimentos ocultos. Noutras vezes, da minha constante  perseguição pelo que não existe. Que seja.
Basta desse medo de não ser tudo aquilo que aparento ser.
Nem as estrelas do céu estão onde realmente parecem estar.

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Sumi, sumi, sumi...  cotil + novembrite + recuperação = 0% de vida social @_@

sábado, 6 de novembro de 2010

Entre aspas: Carta desabafo!


Envio esta carta porque nunca mais quero você na minha frente. E dessa vez falo sério. Nunca mais quero ouvir a sua voz, mesmo que seja se derramando em desculpas. Nunca mais quero ver a sua cara, nem que seja se debulhando em lágrimas arrependidas. Quero que você suma do meu contato, igual a um vírus ao qual já estou imune.A verdade é que me enchi. De você, de nós, da nossa situação sem pé nem cabeça. Não tem sentido continuarmos dessa maneira. Eu, nessa constante agonia, o tempo todo imaginando como você vai estar. E você, numas horas doce, noutras me tratando como lixo. Não sou lixo. Tampouco quero a doçura dos culpados, artificial como aspartame.Fico pensando como chegamos a esse ponto. Como nos permitimos deixar nosso amor acabar nesse estado, vendido e desconfiado. Não quero mais descobrir coisas sobre você, por piores ou melhores que possam ser. Não quero mais nada que exista no mundo por sua interferência.Não quero mais rastros de você no meu banheiro.Assim, chega. Chega de brigas, de berros, de chutes nos móveis. Chega de climas, de choros, de silêncios abismais. Para quê, me diz? O que, afinal, eu ganho com isso? A companhia de uma pessoa amarga, que já nem quer mais estar ali, ao meu lado, mas em outro lugar? O tédio a dois – essa é a minha parte no negócio? Sinceramente, abro mão. Vou atrás de um outro jeito de viver a minha vida, já que em qualquer situação diferente estarei lucrando,você não é tão interessante quanto pensa.Não mesmo.Fiquei com um certo nojo de você. Não sei por quê, mas sua lembrança, hoje, me dá asco. Quando eu quiser dar uma emagrecida, vou voltar a pensar em você por uns dias. Bom, era isso. Espero que esta carta consiga levantar você do estado deplorável em que se encontra. Mentira. Não espero nenhum efeito desta carta, em você, porque, aí, veria-me torcendo pela sua morte. Por remorso. E como já disse, e repito, para deixar o mais claro possível, nunca mais quero saber de você.Se, agora, isso ainda me causa alguma tristeza, tudo bem.Não se expurga um câncer sem matar células inocentes.

Adeus, graças a Deus.


Snuff


Bury all your secrets in my skin
Come away with innocence, and leave me with my sins
The air around me still feels like a cage
And love is just a camouflage for what resembles rage again...



So if you love me, let me go
And run away before I know
My heart is just too dark to care
I can't destroy what isn't there
Deliver me into my Fate
If I'm alone I cannot hate
I don't deserve to have you...
Uh, my smile was taken long ago
If I can change I hope I never know



I still press your letters to my lips
And cherish them in parts of me that savor every kiss
I couldn't face a life without your light
But all of that was ripped apart... when you refused to fight.



So save your breath, I will not hear
I think I made it very clear
You couldn't hate enough to love
Is that supposed to be enough?
I only wish you weren't my friend
Then I could hurt you in the end
I never claimed to be a Saint...
Uh, my own was banished long ago
It took the Death of Hope to let you go



So break yourself against my stones
And spit your pity in my soul
You never needed any help
You sold me out to save yourself
And I won't listen to your shame
You ran away - You're all the same
Angels lie to keep control...
Uh, my love was punished long ago
If you still care, don't ever let me know
If you still care, don't ever let me know...


Snuff - Slipknot *-* 

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

É, você!

Putz. Putz. Putz.Várias luzes coloridas ao meu redor - o que será que você está fazendo agora? - enquanto eu permaneço aqui, estática no meio das pessoas que cabaleam pros lados enquanto fingem que dançam. O som é praticamente insurdecedor, e chega a ser engraçado ver pessoas silibando algumas palavras e outras tentando entender... - será que você ainda pode me ouvir?
Enquanto uns arriscam chegar no sexo oposto, eu contínuo aqui - esperando que um dia você chegue em mim, eu acho - olhando abismada como isso pode ser tão vulgar. Rostos conhecidos e alguns não - mas e você? por que eu não consigo esquecer tudo isso? - outros esquecidos com o tempo.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

10 meses, Jimmy



Ontem, me lembrei um pouco antes de dormir, que faziam 10 meses que nosso Jimmy se foi... isso realmente não é mais difícil do que acordar e saber que ele não vai voltar, pra cantar, tocar, e fazer nossa banda ser perfeita denovo ;/

I think about you...

Confesso que minha inspiração pra escrever anda tão escassa quanto seus sorrisos aos meus olhos... ficar sem te ver mais de uma semana chega a ser estranho, por causa de tamanha familiaridade que criamos um com o outro. As vezes chego até a confundir sua mãe com minha sogra, é, isso é realmente estranho... meu futuro sobrinho que o diga né - aliás, o que eu to falando? - disse que ando fazendo e dizendo coisas sem sentido.
Nhaaaac.
- O que você tá fazendo? - Sua louca.
- Te morder é muito bom
- Não acho...
Risos. Músicas, pessoas. "I think about you..."
Como é mesmo o nome daquela doença, que as pessoas que gostam de morder tem? Não me lembro agora.. sinceramente não me lembro de muita coisa, minha memória é péssima! Mas decorei cada linha do teu corpo e cada faceta que você esconde... - já isso não me foge a memória - estranho.
Não diria amor - e sim borboletas - talvez, borboletas mortas, mas já não é mais a mesma coisa...  Mas essa coisa, como isso se chama? - familiaridade? - é possível... Só promete que não esquece de me ligar essa semana? estou esperando - mesmo que eu tenha que retornar o toque.


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Sumi, sumi, sumi. Eu sei, mas o cotil ainda vai me deixar louca D:

sábado, 2 de outubro de 2010

#Confissões - Válvula de escape

Quisera eu ter você em meus braços, como agora, todas as vezes que desejei; quisera eu poder te abraçar tão forte quanto eu posso, te soltar, e sorrir simplismente por ver seu sorriso; balbuciar qualquer palavra que te fizesse rir e parar no tempo enquanto fitava seu olhar, ah, seus olhos... algo a parte de tudo que poderia existir no mundo, ainda me lembro muito bem do seu tom, um castanho esverdiado que me fazia entrar no seu mundo - do qual, infelizmente ou não, eu nunca pude fazer parte.
Eu desejei muitas vezes estar com você, eu desejei muitas vezes você. Mas nada do que eu dizia parecia te fazer algum sentido... Até que parei de sentir, parei de sofrer - aparentemente em vão - e finalmente, hoje, consigo desejar que você estivesse mais feliz com alguém, aparentemente melhor que eu e quando notasse que tudo não passou de ilusão se tocasse de que nós fomos a melhor parte da vida do outro. 
 
"Não sei o que eu vi em você e não faço a mínima idéia do que você viu em mim; você pode não ser o melhor do mundo mas você é melhor do que o resto do mundo."

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Hoje eu acordei inspirada, válvula de escape sempre *-*



sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Carta às cores


É o seguinte: eu pensei seriamente em formalizar tudo o que segue em uma carta. Mas meu caso parece muito mais urgente. Desde que você deu a entender um ‘adeus’, bem sutil, eu nunca mais encontrei minhas cores e a minha graciosidade de volta. Elas sumiram! E hoje meu diário vive infestado de letras de música, porque já não tenho mais ânimo nem borboletas voando dentro de mim para escrever.
Os últimos manuscritos são de você e ilustram esse teu sorriso ora tolo, ora sério, que, admito, me fez de fantoche. Sinto que você deixou nosso quadro pela metade e além de me largar nessa linha tênue do cinza, levou junto o meu jogo de giz! Então, querido, trate de devolver, um a um, do jeito que pegou. Eu preciso, mais do que nunca, me sentir como uma musa de novo. De ter minha inspiração do dia e poder parecer indiferente com a certeza das flores no final de cada espetáculo.
Olhar no espelho e questioná-lo do quão importante é a minha aparência só pra cruzar alguns corredores do teu lado.  Os lugares precisavam ver o meteoro de ímpetos que nós éramos! Você me aceitou sem minhas devidas apresentações, e assim como eu, não cobrou explicações sobre quem eu sou e porque falo o quero dizer. Fomos sonho e intenção. Mutualidade e risadas. E no meio desse mix, floriamos a mais cômica das confusões.
Hoje percebo que as coisas não foram tão claras porque nunca, realmente, quisemos por fim naquele verão. Entenda que eu não te quero de volta, só peço minha empolgação! Devolva-a. Você sabe que mesmo nesse cenário desbotado que a nossa história segue, as coisas continuam tão mais lindas com você, meu inesperado certo, minha melhor ilusão.

Do 'Depois dos Quinze'  *-* 

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Todo caminho que eu sigo me leva até você

Lembro-me talvez com certo receio causado pela saudade que sinto. Dos seus dentes amarelados – já pelos incontáveis anos de fumo – por baixo da saliva, que reluziam em seu sorriso.
Daquelas duas bolas de gude castanho-esverdeadas que me fitavam com tal intensidade quando teus olhos encontravam-se com os meus. Das erupções que cobriam o seu rosto de tal forma a esconder o amigo que estava ali.
Das mãos calejadas pela arte que produzia um certo som – quase mágico, que me fazia enlouquecer ao trocar de nota – e me tocavam de uma maneira quase desesperada, passando por lugares antes inexplorados. 
Não tinha um corpo que o fizesse desejado por corpos alheios, mas o seu magnetismo, essa força que você exerce sobre mim, me fazendo entrar do seu mundo enquanto desejava apenas que você entrasse no meu.

"But I won't let this build up inside of me"

sábado, 18 de setembro de 2010

Acorda



Eu continuo desabando em qualquer filme romântico que fale de amor. Continuo me apaixonando pelo ator principal e tendo que o esquecer toda vez que aquelas letrinhas idiotas aparecem. Porque eu não posso simplesmente não me importar? Seria mais fácil não pensar nisso tudo.
Mas,  eu sinto necessidade de preencher o espaço dentro de mim com caras aparentemente incríveis.
Aconteceu de novo.
Ele não é exatamente bonito, mas é charmoso, muito charmoso. Mais velho, vinte e poucos anos de idade e muito experiência amorosa embutida em um sorriso de mil anos de aparelho – na verdade nenhum. É algo perigoso, mas um risco que eu correria por todos os dias da minha vida. Quer uma dica? Nunca se apaixone por um jornalista. Eles conseguem dizer coisas que você só saberia escrever. Isso é uma merda, você fica sempre na desvantagem. Por exemplo, outro dia ele mandou uma mensagens simulando uma doença: Estou com a gripe Bruna Vieira. Aquela que vem do nada e te deixa na cama, delirando.
Ele diz até logo, e percebe que vou entender um Adeus.  ”Querida, só estou com vontade de assistir Tv! Isso não é um eu não te amo mais. Eu sempre vou voltar.”
Você também deu um sorriso bobo agora? Eu dei.
Então eu abro meus olhos e percebo que o cara dos meus sonhos, continua no meu sonho.
Maldito script da vida real.


Do 'Depois dos Quinze'  *-*

Não deixe acabar



Segure firme minha cintura, passe os dedos sobre os meus lábios e diga que ama todos os meus defeitos – até aquele. Faça eu escutar nossa música dezenas de vezes sem perceber e finja que eu nunca desliguei o telefone na sua cara. Ame a cor do meu batom e nunca tenha receio de tirá-lo. Seja o forte o suficiente para me segurar quando eu quiser te bater, me acalme com um beijo – nojento – de novela. Sorria sempre.
Não tente me entender, tento isso a dezoito anos e a única coisa que consegui fazer. Finja que não se importa com a minha maneira louca de ver as coisas, ame isso.
Siga-me enquanto eu caminho sem destino por aí com o fone de ouvido no último volume finjindo ser a garota mais interessante da cidade. Acredite nisso.
Não espere demais de mim, eu costumo a fugir quando fazem isso.
Enquanto eu não deixo a angustia transbordar, desligue o fogo.
Faça nunca parar de ferver.
Queime comigo.


Do 'Depois dos Quinze'  *-*

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É eu sumo, eu sei, mas é que ultimamente as coisas andam tãaao estranhas, tudo gira ao redor de Nightmare...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

SWU - Avenged Sevenfold



Quando seu pesadelo torna-se real…

Os membros do Avenged Sevenfold estavam trabalhando a todo vapor no disco de suas vidas. Então, em um instante, suas vidas mudaram. The Rev morreu. Eles não perderam um baterista, mas um membro da família – um cara que era o melhor amigo do vocalista M. Shadows desde a segunda série na cidade de Orange County em Huntington Beach, e do guitarrista desde a quinta série. Rev se firmou como um dos bateristas mais impressionantes no rock e era adorado não só pela banda, mas por sua família que extendia-se e incluia fãs, desde os primeiros fãs locais quando o Avenged Sevenfold começou há mais de uma década, aos milhões que agora curtem seus discos e estiveram em seus shows memoráveis pelo mundo.

Nightmare, o álbum que a banda trabalhava quando Jimmy Sullivan morreu no final de dezembro, já estava tomando o formato de uma obra-de-arte dark, um conceito de disco que traçava uma jornada de loucura, desespero e sim, morte. As músicas uniram tudo o que o Avenged Sevenfold fez anteriormente em um prisma visionário, trazendo de um lado, um novo ponto de vista e de outro uma intensidade mais concentrada. Eles já foram ao cume da jornada do indie metal-and-beyond com seu debut Sound the Seventh Trumpetem 1999 (gravado quando os membros só tinham 18 anos), através do constante e supreendente, eles destruíram fronteiras com o City of Evil (2005), e Avenged Sevenfold (2007), que fez com que esses cinco amigos se tornassem uma força de rock global, com toda energia que foi gerada por esses garotos em seus shows (mostrado no lançamento CD/ DVD de 2008 Live in the LBC & Rough Diamonds). Mas agora, vida real – perda real – — isto quase se tornou trivial. Mesmo continuar trabalhando no disco pareceu impossível, sem importância para Shadows, os guitarristas Synyster Gates e Zacky Vengeance, e o baixista Johnny Christ.

“Íamos  ver se conseguiamos escrever uma ou duas músicas,” disse Shadows nos que dias que seguiram após a morte de Rev. “mas não conseguimos. Não tínhamos cabeça para isso. Sentados lá, tentando imaginar progressões de acordes e partes de guitarra, pareceu ridículo.”

Mas a banda logo percebeu que era impossível não continuar, isso seria quase que uma traição com o legado de Rev e seu amor por ele. Ele fez um papel importantíssimo na composição e elaboração das faixas que foram demo do disco, e justo quando faltavam poucos dias, ele morreu, ele teria completado sua última conquista, expondo cruamente suas emoções na música “Fiction” que agora parece ter previsto sua própria morte a mostrado a seus amigos que de certo modo, eles teriam que continuar sem ele.

A maioria das letras foi reescrita, o baterista Mike Portnoy (da banda Dream Theatre) foi trazido para fazer o que, em teoria, era inimitável, o produtor Mike Elizondo (Dr. Dre, Eminem, Regina Spektor) ficou para ajudar todos a se erguerem nessa ocasião transcendental “Nightmare” (o primeiro single), “Welcome To The Family,” “Buried Alive,” “God Hates Us,” “Victims,” o épico final “Save Me” – músicas terminadas antes e depois da tragédia – todas tomaram nova profundidade de emoção e significado.  Synyster Gates ficou emocionado ao escrever a letra pela primeira vez, expondo seu luto em “So Far Away.” E Nightmare se tornou verdadeiramente o disco de suas vidas, ele se tornou literalmente o disco da vida e conquistas de anos de Rev documentando as experiências mais intensas e pessoais que qualquer um possa imaginar.
“É sobre o que estávamos sentindo naquela hora e continuamos sentindo,” disse Shadows. “Quando acontece pela primeira vez. É muito mais intenso. Agora percebo que temos que viver com isso, que nunca vai mudar. O disco está muito diferente, se não tivéssemos expressado isso logo quando aconteceu. Estávamos mais vulneráveis e queríamos mostrar isso”.

Sinos tristes abrem a primeira música “Nightmare,” rapidamente colocados de lado pela bateria furiosa de Portnoy, inspirado pela aparente batida incomparável do Rev, logo seguida das loucas guitarras de Gates e Vengeance e antes de Shadows invocar o labirinto mental desnorteante do título. Enquanto há um vazio natural por todo o disco – We all have emptiness inside, we all have answers to find, but you can’t win this fight, ele canta em “Welcome To The Family” – há também um grande senso de auto descoberta, epifanía e redenção não só nas letras, mas no escopo da inventiva, se tornando música.

Duas músicas que rapidamente se tornaram âncoras do disco foram “Buried Alive” e “Victim”, a primeira um antigo grito de angústia e desespero, a segunda procurando significado na perda, com altíssimas variações gospel & soul de toques vocálicos, sem a utilização de palavras, feitos por Clare Torry, lembrando Dark Side of the Moon do Pink Floyd.

“‘Victim” “é sobre o dia que soubemos” disse Shadows, que estava viajando quando soube. “Eu voltei, preso no trânsito, chorando, conversando com sua mãe, E todos vieram para minha casa. Então, é sempre assim, todos juntos. Muito profundo, mas transparente ao mesmo tempo. Descrevendo tudo, sem segurar nada. Fizemos isso de tantos jeitos neste disco. Syn escreveu ‘So Far Away,’ uma carta aberta a ele, e ‘Buried Alive’ é sobre como estávamos nos sentindo naquele momento — Can’t breathe, the whole world has changed.”

“Fiction” era a música que Rev tinha acabado de terminar, que ajudou a acabar com qualquer dúvida sobre continuar.
“Ele não gostaria que parássemos, e se fosse qualquer outro de nós, seria a mesma coisa”, disse o baixista Christ. “Principalmente já que ele tinha escrito a música. ‘Fiction’ é 100% dele. Você quer que as pessoas ouçam o quão brilhante Jimmy realmente era, suas composições, assim como sua bateria. Muitas pessoas sabiam como ele era incrível como baterista, mas poucos sabiam o papel dele nas composições.” “Fiction” representa uma parte muito emocional do disco, mesmo que o título seja tristemente irônico. As palavras são ao mesmo tempo perturbadoras e consoladoras:

“Eu sei que você vai encontrar seu caminho, não estarei com você essa noite” escreveu Sullivan.

“Esta música prova que cada aspecto de nosso amigo e cada aspecto do Avenged Sevenfold é mais que uma banda comum”, disse Vengeance. “Jimmy, que era um cara talentoso, compôs uma das músicas mais visionárias, basicamente despedindo-se de todos, terminando dias antes de morrer e ele queria que ela se chamasse ‘Morte’. É uma música diferente de tudo o que já ouvi. Isso é o que chamamos de verdadeiro artista, que tentou criar algo nunca antes realizado, de um modo que toca as pessoas, e sua voz está nela, a única música no disco com sua voz.

E é com “Save Me” que o disco – e a banda – vão ainda mais longe e fundo do que nunca, enquanto que ao mesmo tempo, completam o ciclo das raízes e emoções cruas dessa aventura que é a vida. “É minha música favorita,” disse Shadows. “Muito Rush, Dream Theater, mas com nossas peculiaridades. Nós não tocamos muito e tentamos manter o foco. Se vai fazer uma música de 11 minutos, você não pode entediar as pessoas. O riff é o primeiro riff  que fizemos para essa música. Aquela coisa do dund-dund-dund , Jimmy estava tocando aquilo, uma coisa de tocar brincadeira. A mais legal de todas, aquele padrão kick-drum  e quando ele acelera a caixa, por todo o lugar. Nós tentamos escrever a música para que ela se encaixasse. Jimmy escreveu a maior parte da música – era de 15 minutos e nós começamos a reduzir. Foi na primeira que escrevemos e a última que terminamos. Tínhamos que chegar ao ponto onde tudo funcionava. Estou tão orgulhoso disso. O final é difícil de ouvir, mas é perfeito. Se você ouvir e continuar de volta para o começo de ‘Nightmare,’ você completa o ciclo.”

Como um todo, o disco se baseia em tudo, desde as primeiras influências e inspirações que uniu os músicos em suas juventudes ao vasto espectro de preferências que esses amigos desenvolveram durante todos esses anos, alcançando muito além dos universos do rock e punk que alguém possa esperar.

“Não seríamos o Avenged Sevenfold se não tivéssemos experimentado todo tipo de música nos nossos cérebros,” disse Gates. “Vindo de um background onde ouvindo tanta música e tendo músicos que as entendem, e podem entrar na cabeça dessas pessoas tocando nesses discos e produzindo. Essa banda tem talento para isso. Quando vamos para outros gêneros, acontee naturalmente. Nós vivemos e respiramos isso. Músicas tipo ‘Fiction’ – é uma despedida completa. Para mim, isso é um pouco do Jimmy e eu quando éramos crianças, foi como o conheci. Músicas tipo ‘Tonight The World Dies,’ é devagar, mas não é uma balada. Nós crescemos ouvindo Stone Temple Pilots e Alice In Chains, coisas do tipo. Então você tem ‘Save Me,’ a música perfeita do Avenged Sevenfold”. “Sem dúvidas quanto a ela se tornar uma futura favorita dos fãs.”

Os dois Mikes – Elizondo e Portnoy – cada um transcende qualquer coisa convencional em suas participações, indo além do esperado. Elizondo já estava a bordo quando os trabalhos formais começaram, bem antes da morte do Rev. Para alguns, pareceu uma mistura estranha, mas não para a banda. “Ele nos procurou, querendo fazer um disco como fã da banda e como músico,” disse Vengeance. “seu repertório consistia na sua maioria de rap, um pouco de country, pop, hip-hop.”

Foi aquela vasta experiência, e o fato de suas experiências virem de fora do metal, que conquistou o Avenged. O artista que a banda mais admirava, ele adiciona, fez questão de irmos além das fronteiras em nós mesmos. Então uma jogada assim pareceu perfeita.

“Para nós, é como nos rodear de pessoas que amamos, e pessoas apaixonadas pelo Avenged Sevenfold. Todas as pessoas que com quem trabalhamos são antes de tudo fãs, e Mike é um grande fã da banda” disse M. Shadows. “Ter alguém que trabalhou com Eminem e Dr. Dre chegar e dizer, ‘eu realmente amo sua banda’, significa que temos algo mais a oferecer. Não somos uma banda de metal clichê. As pessoas entendem que estamos tentando fazer algo diferente, arriscando. Mas principalmente é sobre ser real e usar todas as nossas qualidades, e ele entendeu isso. Ele veio e pôde passar um tempo conosco enquanto trabalhávamos nos disco com o Jimmy, ele viu quão mágico o Jimmy era. Quanto ele era amoroso, carinhoso, engraçado e, obviamente, um dos melhores bateristas que a Terra já viu, ele sentiu nossa união.”
Portnoy entrou num território particularmente perigoso, tanto em termos de emoções e expectativas de banda e fãs. Mas por ser um fã tanto da banda quanto do Rev, ele chegou com respeito que se comparou ao seu imenso talento.

“Mike é um cara muito legal, um meio de passarmos o legado do Jimmy para a disco,” disse Gates. “Ele disse, ‘Vou passar três dias passando três ou quarto vezes cada música. Acabou em duas semanas e meia, e ele terminou com um sorriso. Ele ficou, compartilhou estórias. Ele foi nosso cavaleiro de armadura reluzente.”
Vengeance completa, “Ele realmente nos ajudou muito, certificando que cada nota era digna do Jimmy, não se desculpou, ele disse que era assim que devia ser feito, nota por nota, do jeito que foi idealizado. Foi um verdadeiro prazer estar ao lado dele, um verdadeiro fã de música e de nossa banda.”

Nightmare marca o começo de uma nova era para o Avenged Sevenfold, o que será ninguém pode prever.
“Isso é desconhecido,” disse Christ. “não posso dizer o que vou sentir amanhã, queremos mostrar isso numa tour, e então fazer o nosso melhor para levar e continuar o legado. A meta de hoje em diante, quando dissemos que iríamos fazer esse disco, não faríamos meia boca. É o disco do Jimmy e os fãs vão adorar, e queremos que todos entendam o que aconteceu no processo.”

Segundo o próprio site do evento, aqui.
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Eu PRECISO ir, é.  

domingo, 5 de setembro de 2010

Primeiros erros



Eu poderia inventar qualquer motivo para minha súbita volta para casa – ainda posso chamar aquele lugar de casa? – mas preferi não dizer nada, simplesmente chegar no pé da escada e gritar – desafinadamente – o nome da minha mãe, que obviamente me receberia de braços abertos.

A música no fone estava absolutamente alta, isso não permitia que meus pensamentos fossem muito além do que a vegetação da estrada que eu conseguia observar pela janela do ônibus: Vaca, morro, lagoa, vaca, morro, passado.   Eu estava prestes a enfrentar tudo o que eu abandonei a pouco mais de um ano atrás, isso fazia com que aquela antiga e familiar dor no estômago voltasse.  Fechei meus olhos com força e desejei com todas as minhas forças que aquela tortura também conhecida como viagem passasse logo. Não adiantou, mais quatro horas sentada e com um nó na garganta.

Voltar para casa significava abaixar a cabeça e admitir: Eu fiz merda. Embora eu saiba que eu não tenha voltado por esse motivo, para todos os os outros trinta mil – idiotas – habitantes era.
Chegamos.

Rodoviária, pessoas cometendo o mesmo erro.
Indo embora sem dizer adeus, sem colocar ponto final, deixando tudo em vírgula. Eu queria poder avisar,  que quando se está em outro texto, reescrever uma antiga história é – praticamente – impossível.  Era pra isso que eu voltei, fazer o impossível. Eu sabia o caminho de casa, mas não estava nem um pouco afim de pisar naquelas ruas repetidas . Chega de Flash Backs por hoje!

- Táxi, essa rua, esse bairro, esse destino! Rápido, por favor!

Minha família sempre foi a mais perfeita do mundo, sempre reclamei de coração feliz. Meu pai era um cara misterioso, mas engraçado. Sempre tive um pouco de medo dele, mas nada que um bom abraço ou noite de cólica  não me fizesse esquecer. Meu irmão seguia o mesmo estilo dele, quase um clone. Já mamãe era uma irmã, e eu a mais velha.  Embora eu não tenha muita da minha infância na memória, sei que foi algo incrível.  Tudo realmente mudou na minha adolescência, não sei exatamente quando, mas com certeza em algum momento entre um amor e outro. Ou dois ao mesmo tempo!

Abraços apertados, perguntas e mudanças súbitas de assunto.

Meu quarto estava exatamente como eu o deixei. Colagens na parede, coisas sem sentido em todas as gavetas e estrelas – muitas estrelas – no teto. A sensação de entrar naquele lugar, foi a melhor dos últimos meses. Era o meu mundo, onde as melhores – e piores – coisas da minha vida aconteceram.
Dormir o resto da tarde para só acordar quando as verdadeiras estrelas estiverem brilhando.

Já? Porque minha mãe nunca me acorda? Banho. Trinta e nove minutos para escolher a roupa, outros vinte para fazer uma maquiagem decente e um para comer e descer as escadas.
Enquanto caminhava naquela rua, e olhava as poucas vitrines da única rua principal da cidade, voltei a pensar no real motivo para eu estar alí.  Eu precisava dizer e escutar algumas coisas, e aquilo precisava ser o mais rápido possível.

- Ele está?
- Pode descer aqui um minuto?
- Depois te explico, vêm comigo.

- Eu amei você com todas as minhas forças, e isso foi tão forte, que me anestesiou.  Foi por parar de sentir que eu quis sentir novamente, por outra pessoa. Isso faz de mim a pessoas mais covarde do mundo, eu sei, mas quero que saiba que pensei em você durante todas as vezes que senti outro perfume, em outra pele.  Não quero que você me perdoe, até porque isso já faz tempo demais, pra você provavelmente é indiferente. Quero apenas ser feliz por um tempo, e colocar um fim de uma meneira que eu não me sinta mais presa a você. Quero que você me faça sofrer, para que eu te odeie com todas as forças; Eu me conheço, vai funcionar. Aceita?
(continua)


do 'Depois dos Quinze' *---* 

Quem sabe

   "Palavras até me conquistam temporariamente, mas atitudes me ganham ou me perdem para sempre." 

sábado, 28 de agosto de 2010

Nunca vou entender


Mais um domingo que você me liga. Igual faz a uns quatro ou cinco anos. Você beija a sua mãe depois do churrasco, dá um oi carinhoso e finalmente pensa sem culpa na sua ex, cheira sua camiseta pra ver se a coisa tá muito feia e descobre que sua vida está prestes a ficar vazia: chegou a hora de me ligar. Você não sabe ao certo o que vê em mim, mas também não sabe ao certo o que não vê. Você sabe que pode ter uma mulher mais gostosa do que eu, mas por alguma razão prefere a gostosa garantida, aquela que ainda ri das suas piadas. Mesmo sendo as mesmas piadas há quatro ou cinco anos.

Aí você me liga, com aquele ar descompromissado e meigo de quem só quer ir no cinema com uma velha amiga. Eu não faço a menor idéia do que vejo em você, mas também não faço idéia do que não vejo. Eu posso ter um cara mais gostoso, como de fato já tive milhares de vezes. Mas por alguma razão prefiro suas piadas velhas e seu jeito homem de ser. Você é um idiota, uma criança, um bobo alegre, um deslumbrado, um chato. Mas você é homem. E talvez seja só por isso que eu ainda te aguente: você pode ter todos os defeitos do mundo, mais ainda é melhor do que o resto do mundo.


Aí a gente, sem saber ao certo o que está fazendo ali, mas sem lugar melhor para estar, acaba pulando o cinema que nunca existiu e indo direto ao assunto. O mesmo assunto de quatro ou cinco anos que, assim como as suas piadas, nunca cansam ou enjoam.

E aí acontece um fenômeno muito estranho comigo. Mesmo quando não é bom, mesmo quando cansado e egoísta você não espera por mim e vira pro lado pra dormir ou pra voltar à sua bolha egocêntrica de tudo o que é seu, eu sempre me apaixono por você. Todas as vezes que te vi, nesses últimos quatro ou cinco anos, eu sempre me apaixonei por você. Eu sempre estive pronta pra começar algo, pra tomar um café de verdade, pra passear de mãos dadas no claro, pra poder te apresentar ao sol sem receber mensagens de gente louca ou olhares curiosos, pra escutar uma piada nova. E você sempre ignorou esse fato, seguindo seu caminho que sempre é interrompido pelo vazio da sua camiseta fedendo a churrasco. Eu nunca vou entender. Eu nunca vou saber porque a vida é assim. Eu nunca vou entender porque a gente continua voltando pra casa querendo ser de alguém, ainda que a gente esteja um ao lado do outro. Eu nunca vou entender porque você é exatamente o que eu quero, eu sou exatamente o que você quer, mas as nossas exatidões não funcionam numa conta de mais.

Eu só sei que agora eu vou tomar um banho, vou esfregar a bucha o mais forte possível na minha pele e vou me dizer pela milésima vez que essa foi a última vez que vou ficar sem entender nada. Mas aí, daqui uns dias, igual faz há uns cinco ou seis anos, você vai me ligar. Querendo pegar aquele cineminha, querendo me esconder como sempre, querendo me amar só enquanto você pode vulgarizar esse amor. Me querendo no escuro. E eu vou topar. Não porque seja uma idiota, não me dê valor ou não tenha nada melhor pra fazer. Apenas porque você me lembra o mistério da vida. Simplesmente porque é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo.


Do 'Depois dos Quinze'    *----------*

É que...

"Fico tão cansada às vezes, e digo para mim mesma que está errado, que não é assim, que não é este o tempo, que não é este o lugar, que não é esta a vida. (...)então eu não sentia nada, podia fazer as coisas mais audaciosas sem sentir nada, bastava estar atenta como estes gerânios, você acha que um gerânio sente alguma coisa? quero dizer, um gerânio está sempre tão ocupado em ser um gerânio e deve ter tanta certeza de ser um gerânio que não lhe sobra tempo para nenhuma outra dúvida..."

Caio Fernando, sempre *-*

sábado, 21 de agosto de 2010

Todo mundo vai embora.

Em algum momento, em vários deles ou definitivamente, as pessoas sempre vão embora. Talvez essa seja a pior coisa do mundo. Ele vai embora, sempre, quando eu preciso de quinze minutos de silêncio complementar à minha entrega, odeio o desespero dele por banhos e a sua ansiedade curiosa pelo que vem depois. Que se dane o depois, eu sou agora, ou pelo menos era.

Ele vai embora, sempre, quando o parágrafo passa de três linhas, o pensamento dele ultrapassa meus olhos, o som se perde da minha boca para qualquer outro canto do mundo que não tenha seus ouvidos e ele olha fixamente para qualquer outra coisa que não seja a minha existência. Sempre a mesma cara de tédio e de busca pelo resto que não se repete ou não se prolonga.

Ele sempre vai embora quando eu queria que ele se perdesse um pouco, rasgasse a agenda, lançasse o celular no rio, desligasse todos os toques, luzes e sinais de que há todo o resto. Esquecesse do sono, do livro, da planta, das lembranças. Ele sempre vai embora do meu mundo quando eu só queria que ele descansasse um pouco de ser ele o tempo todo, mas ele tem muito medo de não ser ele, talvez porque ele não saiba o que ele é.
Ele sempre vai embora pra descobrir quem ele é, ou para lembrar que ele é o mesmo de sempre que não sabe quem é, ele sempre vai embora antes da gente ser alguma coisa
juntos.

Vivo com essa sensação de abandono, de falta, de pouco, de metade. Mas nada disso é novidade. Antes dele, teve o outro, o outro que continua indo embora para sempre porque nunca foi embora pra sempre. Eu não sei deixar ninguém partir, eu não sei escolher, excluir, deletar. São as pessoas que resolvem me deixar, melhor assim, adoro não ser responsável por absolutamente nada, odeio o peso que uma despedida eterna causa em mim. Nada é eterno, não quero brincar de Deus.

O outro foi embora a primeira vez porque estava bêbado demais, foi embora a segunda porque ficou tarde, foi embora a terceira porque teve medo de ficar pra sempre, foi embora durante alguns longos anos porque todo o resto do mundo precisava dele e eu era apenas uma das demandas. Ele me chamou de demanda a última vez que foi embora pra sempre, mas pra sempre pode durar duas horas, dois anos ou duas encarnações. A gente sempre se despede lembrando da música do Chico que diz “o amor não tem pressa, ele sabe esperar em silêncio”.

Antes dele teve ainda um outro que sempre ia embora na espera de que existisse algo melhor do que eu, mas não ia definitivamente porque não é todo dia que aparece alguém melhor do que eu. Um dia apareceu, ela até que é bonita e tal, não parece tão confusa e intensa e talvez mediocridade seja tudo de que uma pessoa precise para ser feliz. Mas a última vez que ele foi embora, antes me deu um abraço de quem nunca saiu do mesmo lugar. O abraço e o seu olhar de quem nunca sabe direito porque vai embora ficaram pra sempre comigo.

Hoje meu novo amigo foi embora, não pra sempre, mas um segundo pode ser pra sempre se pensarmos grandiosamente, e ele me dá vontade de pensar grandiosamente. Fazia tempo que alguém não ficava tão calado enquanto eu apenas existo, fazia tempo que alguém não ficava tão perdido só porque me encontrou, fazia tempo que eu não me olhava no espelho e sorria, sabendo que sim, sim, sim, sou bonita ora bolas! Sou interessante! Da onde eu tinha tirado o contrário nos últimos meses?

Todo mundo chega na sua vida. Em algum momento, em vários deles ou definitivamente, as pessoas sempre chegam. Talvez essa seja a melhor coisa do mundo. Como naquele texto que não lembro, daquela pessoa que não lembro, e sobre o qual você me contou de um jeito que eu nunca mais vou esquecer, no final a gente acaba mesmo numa esquina qualquer, lembrando de alguém que um dia chegou e depois foi embora, perplexo.


Do Depois dos Quinze *-*

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Não entendo, não acho certo alguém que vai embora, mas deixa metade de si e leva a nossa metade consigo.  ;/

sábado, 14 de agosto de 2010

"Você não tem ideia...

do quão apavorante é ver sua face nítida em minha frente e, no segundo seguinte, quando abro os olhos, perceber que era tudo uma ilusão boba do meu subconsciente. Se houvesse alguma garantia de que, em todas as minhas noites, exaustas ou não, eu sonharia contigo, daria minha vida e um pouco mais para não acordar nem por um segundo sequer."

                Comu aqui *------*

domingo, 8 de agosto de 2010

Eu parei de sentir sua falta.



Eu te amo, eu provavelmente sempre vou te amar. Mas passamos dias sem ter uma conversa que tenha sentido.. E eu sentia tanto sua falta quando isso acontecia. Mas nunca parecia que você sentia minha falta. E eu acho que por isso eu parei de sentir a sua.


                                     Comu aqui *---*

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

So Far Away - Avenged Sevenfold


Never feared for anything
Never shamed but never free
A life that healed a broken love
With all that it could


Live a life so endlessly
Saw beyond what others see
I tried to heal your broken heart
With all that I could


Will you stay?
Will you stay away forever?


How do I live without the ones I love?
Time still turns the pages on the book it's burned
Place and time always on my mind
I have so much to say but you're so far away


Plans of war our futures hold
Foolish lies of growing old
It seems we're so invencible
The truth is so cold


A final song, a last request
A perfect chapter laid to rest
Now and then I try to find a place in my mind


Where you can stay
You can stay awake forever


How do I live without the ones I love?
Time still turns the pages on the book it's burned
Place and time always on my mind
I have so much to say but you're so far away


Sleep tight, I'm not on afraid
The ones that we love are here with me
Lay away a place for me
'Cause as soon as I'm done I'll be on my way
To live eternally


How do I live without the ones I love?
Time still turns the pages on the book it's burned
Place and time always on my mind
And the light you left remainsbut it's so hard to stay
When I have so much to say and you're so far away


I love you
You were ready
The pain is strong enough despite
But I'll see you
When he lets me
Your pain is gone, your hands are tied


So far away
And I need you to know


So far away
And I Need you to
Need you to know


 ______________
 Fo[Rev]er, sem mais.

#Confissões - Meu maior vício é você...



Imagine como é ter alguém com quem você possa compartilhar um sentimento insanamente verdadeiro, alguém que te deixe a vontade para confiar os segredos mais intensos, alguém que te faça ser o melhor de você mesmo, que te mostre a forma mais bela de encarar a vida. Imagine que essa pessoa está em seus braços, que você pode pegar na mão dela e caminhar por qualquer caminho, que você pode sentir as palavras verdadeiramente certas que diz suavemente. Imagine que você não consiga passar um dia se quer sem falar no nome dela, que você não consiga deixar de sorrir ao ver o sorriso dela, que não consiga pensar em uma vida sem esse amor. Imagine que você sinta por ela algo inexplicável, uma mescla de amizade e paixão de infância, que uma amizade intensa e mágica seja o ponto certo. Imagine, apenas imagine.
Você vê um rosto? Você sente um perfume? Você ouve um nome?

Eu tenho muita sorte de tê-la conhecido.
Minha bebe mais linda <j3

_________________
Sim, eu vejo um rosto, eu sinto um perfume e ouço um nome... Eu te amo demais Mariana s2

domingo, 1 de agosto de 2010

Eu preciso de alguma coisa

Eu sempre preciso de alguma coisa, se é um amor, ou se é um drink, ó diabo, eu não sei, só sei que preciso de alguma coisa. Tá faltando alguma coisa, sempre tá faltando alguma coisa, se é de mudança, se é de esperança, ó diabo, não sei, só sei que tá faltando alguma coisa. Essa insatisfação que a gente sente, ou solidão permanente, tem que estar faltando alguma coisa.

                                                                   Comu aqui *---* 

#Confissões - 1 ano atrás...

"Escrever-te-ei", adoro essas mesóclises, ainda mais quando elas vem acompanhadas de coisas sentimentais, a um certo modo, claro.

Sabe, me lembrei ontem enquanto tomava banho e a água que caia sobre minha cabeça percorria o mesmo caminho que as lágrimas, normalmente percorrem, que fazia um ano desde quando tudo se foi... será que eu deveria ter te escrito mais coisas?
Ou deveria ter escrito antes, pra demonstrar como tudo aquilo fazia com que me tornasse diariamente outras pessoas, sempre uma melhor que a outra, apenas com o intuito de te fazer sorrir?
Não sei ao certo... Talvez deveria escrever algo que te fizesse gosto ao lembrar, como aquele episódio em que quase te exclui do msn por não me lembrar do teu nome, já que você fez o favor de trocar o nick. Ou quando minha mãe finalmente acertou seu nome - não que existissem outros com o mesmo ou muitos outros caras que a fizesse ter essa confusão mental - mas isso é quase um milagre, acho que se torna memorável.
Ou ainda naquela primeira vez que a gente se viu... você me pediu pra segurar tua blusa de frio, e eu chorei... aham, eu chorei!
Chorei por que você era de verdade, não adianta que outros tentem entender, mas seu cheiro era a melhor coisa que existia e eu fiquei ali, parada, chorando com o rosto no fundo da tua blusa - enquanto você, no minímo, se perguntava se eu era louca ou coisas do tipo.
Poderia falar sobre todos os sentimentos que existiram sem justificativas concretas, mas não valeria a pena, pelo menos não tanto quanto eu sei que valeu, mesmo que escrevesse 50 mil palavras elas não fariam com que quem lê isso sentisse o que a gente sentia.
Não fariam passar pela mente de outro alguém, tudo aquilo que a gente viveu nem nos precoces primeiros 30 dias... as raivas, brigas, desculpas exageradas.

Os abraços, os sorrisos, os cheiros. Seus abraços, seus sorrisos, seus cheiros. Nossos abraços, nossos sorrisos, nossos cheiros!


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Se foi assim, que seja sempre assim... que nada se perca e que nada mude! *-*

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Saudade demais



Domingo à noite. Os últimos pingos de chuva caindo na janela. Um sentimento em comum: saudade. Daquilo que vem, daquilo que vai. Daquilo que vem do que vai. Estamos fadados a isso e, ainda assim, sorrindo. A saudade dói, mas se pararmos para pensar, anestesia. Porque senti-la nos obriga a buscar as lembranças de pessoas que nos fizeram felizes. E por mais que fira, cura. O sentimento mais presente nas poesias e canções. É obrigatória no amor. Tentamos matá-la, mesmo que temporariamente, longe ou perto de quem sentimos saudade. Relemos cartas, revemos fotos, reviramos a memória. Fechamos os olhos e ao mesmo tempo abrimos um sorriso sem mostrar os dentes, o que condena estarmos sentindo a desesperada necessidade de puxar aquela pessoa do nosso pensamento para junto de nós. Além de tudo isso, é um sentimento completamente próprio da língua portuguesa. Os ingleses sentem falta. Nós sentimos saudade. E existe uma grande diferença (mesmo que paradoxalmente possa ser uma linha tênue, em determinados casos) entre “I miss you” e “eu sinto saudade”. Saudade é medo, amor, distância, ontem, a música que você ouviu hoje, o beijo que você não deu, o amor que você recusou, o momento que você desperdiçou, a mão que você pegou, a ajuda que deu, o jardim que regou, o texto que você acabou de ler, a pessoa de quem você acabou de lembrar, a cama desarrumada em um domingo chuvoso à noite. Tipo agora.

Do "Depois dos Quinze" tambéeeeem *u*

______________
Sim, sou apaixonada por esse site D:

Mãos dadas

                                 Ele disse que era para sempre, você quase acreditou.

Vocês começaram ao contrário, e eram diferente de qualquer outro casal que conheciam. Brigavam às vezes, por motivos que agora te parecem idiotas e odiavam andar de mãos dadas. Demonstravam todo o  amor de maneira invisível, de maneira que só os dois entendiam. Isso era o bastante. Mas em algum momento, no qual você não percebeu, deixou de ser. E a falta de algo que não te faltava o fez faltar.  Amor? Ausente. Angústia? Presente, para sempre – ou quase.
Vocês se entendiam, e de repente, ele passou a querer entender o resto do mundo – sociologia nunca foi a matéria preferida dele, você sempre soube disso.
Enquanto ele se aventurava em curvas perigosas – você sabe do que estou falando, e principalmente, do quando elas podem machucar – você continuava no acostamento. Pedindo carona em algum carro – qualquer carro, mas no fundo sei que o que você realmente esperou por todo aquele tempo, foi uma ambulância. Você queria que ele se machucasse, você queria cura-lo.

Dentro de você ainda existia uma sensação de quase fim, com quase começo. E independente do quanto o cara que você conhecesse fosse incrível, ele não odiaria andar de mãos dadas.

Ele mandaria flores rosas – você odeia flores rosas.
Ele escreveria poemas  - você odeia rimas mal feitas.
Ele choraria por você – você é quem costumava fazer isso.

Agora você esta decidida: Cansou de pedir carona e parar sempre na próxima esquina. Vai caminhar com seus próprios pés, um passo de cada vez e observando toda a paisagem do caminho.

Sem mãos dadas.

Com flores de todos os tipos e cores no campo.
E claro, sempre implicando com a natureza por motivos bobos – por aí não faz tanto calor assim.

Percebe que sozinha, você conseguiu exatamente o queria?


Do "Depois dos Quinze" também *--*

Nana



"Ei, Ren... você me disse, que na hora da morte, levaríamos um ao outro...

...Eu não queria ter sido deixada para trás!"

                           

             /Nana vol. 20 *------*

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Ela e somente ela...




Infeliz seja daquele que fez com que acreditassemos que pra que existam reencontros, deveriam antes, haver despedidas. Infeliz seja quem não acredita, até mesmo nos dias de hoje, que possa sim, existir algo tão forte, que nos fizesse chegar ao ponto de precisar que nossos olhares se cruzassem diariamente. Era só assim que eu me sentia bem, era só assim que eu me sentia 'completa'. Meus dias são tãaaao vazios sem você me fazendo rir, ou me deixando encantada com teu jeito, que as vezes me perco pelos corredores imensos e tão lotados daquela escola. Era tudo tão perfeito... como ainda é quando meus dias se fazem ao teu lado! E eu te prometo, um dia, vai voltar a ser...

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MINHAmari s22 *-*

quarta-feira, 21 de julho de 2010

#Confissões - Difícil de se manter, difícil de se esquecer...

Às vezes, me pergunto se tudo aquilo que me parecia, antes, tão real, tão agora, é realmente assim na realidade, fora desse mundo que criei pra me proteger.
Às vezes, você me parece tão verdadeiro da mesma forma que as vezes me assusta e me parece muito distante, em alguma outra galáxia, na qual eu não conseguiria alcançar, pois ela se rodeia dos chamados 'obstáculos', os quais não sei se tenho forças pra enfrentar.
Às vezes, me questiono se isso tudo é mesmo necessário, se não existe um jeito mais fácil de fazer com que tudo se encaixe e que nossas vidas prossigam normalmente, porque eu me sinto tão cansada dessa nossa violência desnecessária, e você já não nota, mas meu amor, mais uma gota de sangue seria só outro golpe.

Não consigo prosseguir.

A Parede

Sempre tive um pouco de receio de me aproximar de tudo que é muito... Mas muito... Bonito...
Daquelas coisas que, quando olhamos, imediatamente passamos a considerar que deve... Ou melhor... "Tem"... Que existir uma "força maior"... Deus ou o Diabo... Buda, Alah ou Maomé... Ou até mesmo a grande abóbora... Que seja responsável por algo tão devastadoramente bom de se olhar... De se admirar...
E sempre achei que ter algo realmente "belo" nas mãos... Possuir algo assim tão maravilhoso... Algo que todos em volta também achem belo... Também queiram olhar... Tocar... Roubar... Deveria ser muito difícil... E realmente é...
Difícil de se manter... Difícil de se igualar... Difícil de se esquecer... Ou de deixar pra lá... Difícil de se sentir à altura... Ou de corresponder... Difícil de se conformar com a possibilidade de, um dia, deixar de ter...

Mas e quando a tal beleza passar... Ou diminuir...
E quando o tempo bater à porta e quiser entrar...
Será que o que há por dentro vai ser capaz de suprir...
Será que o que há por dentro vai ser capaz sustentar...

Eu amo coisas antigas... Ruínas... Paredes descascadas... Folhas secas... Sempre amei...
Mas uma parede não tem alma (não que eu saiba)...
As paredes não falam (quando muito elas tem ouvidos)...
Uma parede não sente quando colocamos um prego nela (pelo menos eu nunca ouvi nenhum grito)...
E obviamente... Uma parede não mente... (Quando muito elas machucam... Se uma parede cair em cima de mim... Certamente vai acabar comigo)...

Hoje eu queria ser uma parede bem antiga e descascada...
Em uma casa que um dia foi bonita mas que hoje está abandonada...
E ali ficar assim... Por muito tempo... Parada...
Sem fazer mal a ninguém... Sem nenhum quadro para contar uma história... Sem nada...
Sem janelas para deixar alguém olhar... Nem uma porta para alguém entrar aqui...
Sem um teto para sustentar... Nem motivo algum que justifique ela existir...

Mas como eu não sou uma parede...
Eu sou bem fácil de se derrubar...
Basta só um sopro...
Basta apenas um olhar...

Autor: Cantor, escritor, e um cara magnifíco, Libra

terça-feira, 13 de julho de 2010

Maybe




"Porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como "sempre" ou "nunca". Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicidio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituimos expressões fatais como "não resistirei" por outras mais mansas, como "sei que vai passar". Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência."


Caio Fernando Abreu, como sempre *-*